Começou a 16ª edição da Chinese Super League, o conhecido e financeiramente temido campeonato chinês. Em 2019, o torneio asiático que mais cresce e gera interesse mundial vem repleto de novidades – tanto em sua regra quanto em contratações e vendas. O que não é novo para ninguém é o grande número de atletas brasileiros na competição.
Nesta atual temporada, serão 24 desfilando pelos gramados chineses. Dentre os 74 estrangeiros que disputam a competição, 32% nasceram no Brasil. O número é o mesmo de 2018 e o menor desde 2010 (quando eram 22 brasucas em ação). Algo que é facilmente explicado em saídas de peso, como o empréstimo de Ricardo Goulart (Guangzhou Evergrande) para o Palmeiras, o retorno de Hernanes (Hebei Fortune) ao São Paulo ou a chegada de Diego Tardelli (Shandong Luneng) ao Grêmio.
Some a estes nomes como o atacante Rossi (do Shenzhen para o Vasco) e Junior Urso (Guangzhou R&F- Corinthians) e chegamos ao número de cinco brasileiros voltando para casa. O jogador que deixa o nosso país com maior impacto para a China é Henrique Dourado, contratado junto ao Flamengo por cerca de R$ 23 milhões pelo Henan Jianye. Deyverson poderia ter seguido o mesmo caminho, mas desistiu no último momento.
Apesar de ter, pelo segundo ano seguido, com o menor número de brasileiros em quase uma década, o futebol chinês ainda vê com muito carinho os nossos jogadores. Leo Baptistão, que estava no Espanyol, por exemplo, foi a principal contratação do Wuhan Zall, que subiu da segunda divisão. Já o Hebei Fortune viu em Marcão, goleador na Coreia do Sul, uma boa aquisição para fazer os seus gols.
Sob o ponto de vista da idolatria, as saídas de Tardelli e Ricardo Goulart foram as mais sentidas. Entretanto, nomes como Paulinho, Oscar, Hulk, Renato Augusto e Elkeson (o estrangeiro com mais gols marcados no país) continuam sendo as principais estrelas do certame. Alexandre Pato, que não conseguiu romper o seu contrato com o Tanjin, seguirá por lá. A crise vivida pelo clube por muito pouco não fez com que o número de brasileiros na liga fosse o menor desde 2010.
Ex-United e goleador do Napoli são as maiores novidades Ex-United, Fellaini já estreou com gol
Para o campeonato de 2019, entretanto, as duas principais contratações foram Marouane Fellaini e o eslovaco Marek Hamsik, grande ídolo do Napoli pós-Maradona. O belga, que estava no Manchester United, inclusive estreou com gol sobre na vitória por 1 a 0 do Shandong Luneng sobre o Beijing Renhe.
A maior goleada nesta sexta-feira (01) que marcou a estreia do torneio, entretanto, foi protagonizada pelo atual campeão, o Shanghai SIPG, que bateu o rival Shanghai Shenhua por 4 a 0. Oscar fez um dos gols na equipe que também conta com Hulk e Elkeson. Renato Augusto também estufou as redes no triunfo pela contagem mínima do Benjing Guoan sobre o Wuhan Zall.
Os brasileiros continuam a decidir do outro lado do mundo.
Novidades na regra: ao contrário de anos anteriores, goleiros estrangeiros podem ser contratados pelos times. Também acabou a obrigatoriedade de escalar jovens chineses menores de 23 anos nas equipes.
Jogadores naturalizados: a temporada 2019 também marca a estreia de atletas que não nasceram na China, mas ganharam a cidadania do país. O caso mais emblemático foi o de Nico Yennaris, inglês filho de mãe chinesa que acertou com o Beijing Guoan.
Contratações mais impactantes de 2019: Mousa Dembélé (Guangzhou R&F), Fellaini (Shandong Luneng), Marek Hamsik (Dalian Yifang), Sandro Wagner (Tianjin Teda), Leo Baptistao (Wuhan Zall), Henrique Dourado (Henan Jianye).