Adenor Leonardo Bacchi, conhecido no mundo dos esportes como Tite, não retira de sua cabeça a derrota que sofreu na Copa do Mundo de 2018 contra a Bélgica e aguarda sua revanche no Catar em 2022.
É por isso que existe apenas um grande objetivo na cabeça do técnico brasileiro: "As pessoas falam muito sobre a Copa América e os Jogos Olímpicos, mas vamos começar a qualificação para a Copa do Mundo de 2022 agora e esse é o nosso grande objetivo".
O brasileiro passou alguns dias na Espanha e aproveitou a oportunidade para conceder uma entrevista ao 'AS'. "Esses dois torneios deste ano podem servir de plataforma para o desenvolvimento dos mais jovens", disse ele sobre as disputas que acontecerão neste verão.
Entre os jovens que optam pela Copa do Mundo estão Vinicius ou Rodrygo. Do primeiro, ele enfatizou que não se importa com seus problemas com buscar o gol: "As pessoas precisam entender que ele é um jogador em desenvolvimento".
É claro, ele ressaltou que, para o ex-Flamengo continuar crescendo, é preciso ir devagar. "Vinicius tem uma boa natureza, uma boa atitude, é carismático. Ele está sempre aberto para aprender e melhorar, mas é preciso ensinar coisas a ele. Ele precisa ser orientado", explicou Tite.
Aparentemente, ele não teve o mesmo problema com o ex do Santos: "Rodrygo é um pouco diferente. Ele tem percepções táticas muito bem definidas em sua cabeça. Lembro-me de conversar com ele pela primeira vez e na segunda vez ele sabia exatamente o que eu queria".
Quanto ao novato Reinier, ele comentou: "Ele jogou pouco no Flamengo, mas ele me lembra muito Giovanni, um poderoso meio-campista que jogou no Barcelona nos anos 90. Alto, forte, que marca o ritmo. Mas não tenho uma avaliação. Ele ainda é muito jovem, mas é um jogador de futebol muito inteligente, tem a visão de deixar seus companheiros de equipe em frente ao gol com apenas um toque, ele trabalha muito bem com as combinações e as paredes, o trabalho de pivô. Tem uma visão de 360º e ele tem muitos gols. Finaliza bem com os dois pés".
Por fim, no bloco fixo que já existe na Canarinha, destacamos vários elementos. Para Tite, na equipe nacional não há um único jogador que comande o resto e divida a responsabilidade entre duas de suas estrelas.
"Casemiro é o líder competitivo. O líder tático. Ele conhece exatamente as funções do jogo e precisamos apenas de um olhar para nos entender", explicou ele sobre o jogador do Real Madrid.
Mas ele também adicionou outro nome à mistura. "A liderança técnica do Brasil é Neymar. No momento-chave, todos olham para ele porque ele resolve", complementou o técnico brasileiro.