jogo da seleção brasileira contra o Equador teve a história da crise institucional da CBF e a posição dos jogadores e Tite em relação à Copa América. Teve a história do jogo em si, vencido por 2 a 0. Elas estiveram entrelaçadas e muita coisa ainda será explicada. Vários são os personagens que você pode buscar. Falando apenas de bola e campo, Richarlison e Neymar fizeram os gols enquanto Gabigol teve boa atuação apesar das chances desperdiçadas. Mas como parece impossível desentrelaçar a história do jogo de todo o seu contexto, um personagem que apareceu também com destaque foi Casemiro.
Todo o papel desempenhado pelo volante, um ícone do Real Madrid, mostrou muitas coisas. A começar pela sua ausência na entrevista coletiva concedida por Tite na véspera do jogo, cuja sua ausência atestou a insatisfação dos atletas em relação ao presidente da CBF, Rogério Caboclo, e ao contexto de como eles souberam que a Copa América seria realizada no Brasil. Em campo contra o Equador, Casemiro foi o capitão que o Brasil pedia: deu a segurança – foi líder em recuperação de bolas (10) – e a competência que sua função lhe pedia.
Nos minutos após a vitória, que mantém o Brasil 100% e na liderança das Eliminatórias, Casemiro também mostrou habilidade para entregar o que a opinião pública lhe pedia ao mesmo tempo em que conseguiu proteger os detalhes da mensagem que circula dentro do núcleo do futebol da seleção brasileira.
“Nosso posicionamento todo mundo sabe, mais claro impossível, Tite deixou claro nosso posicionamento e o que nós pensamos da Copa América. Existe respeito e uma hierarquia que temos que respeitar, e claro que queremos dar nossa posição”, disse aos microfones da Globo.
“Nós iremos falar, o Tite explicou a situação, eu como capitão, como líder dos jogadores, rolou isso mesmo, nós nos posicionamos. Queremos falar, no momento oportuno vamos falar. Não sou eu, não são os jogadores da Europa, como rolou. Quando fala alguém, falam todos os jogadores, com o Tite, com a comissão técnica. Tem quer ser unânime, todos juntos”, sacramentou.
O meio-campista não queria falar, mas perguntado sobre o assunto pelo repórter Eric Faria, da TV Globo, a ausência de detalhes deixou claro qual é a informação. Também deixou claro a união dos jogadores com Tite, algo que já parecia um tanto óbvio e que pareceu ser ainda mais após a comemoração do gol de Richarlison (com abraços no treinador). Titular em todos os seus 38 jogos sob o comando de Tite, Casemiro reiterou seu papel como líder do selecionado, algo importante especialmente em um momento tão conturbado como o atual.