Ceni deve ficar ou deixar o comando do São Paulo?

O São Paulo tem acumulado uma sequência de eliminações em torneios nacionais e internacionais, para times de dimensões diferentes ao longo dos últimos anos. Mas nesta temporada, há um fator ainda mais preocupante: nas três competições que disputou, o 'Tricolor' ficou fora de todas. A última delas nesta quinta-feira, contra o modesto Defensia y Justicia, da Argentina, em pleno Morumbi.

E o mais intrigante é que, em 2017, o time está sob o comando de um ex-jogador inquestionável na visão dos tricolores, mas que como treinador, tem sido, cada vez mais, questionado em seu trabalho: Rogério Ceni. 

Apegado aos números, Ceni possui até o momento 11 vitórias, 9 empates e 4 derrotas. E são nesses dados que o técnico tem se baseado, inclusive, após a vexatória eliminação do São Paulo para o modesto Defensia y Justicia, da Argentina, após empate por 1-1. 

Só que vale lembrar que boa parte destes números vem de jogos no estadual e, ainda assim, nos momentos decisivos, o Tricolor pecou jogando mal em casa e viu a vaga escapar. Mas não é só isso. Então, o que se passa com o São Paulo?

Em campo, o time apresentou breves bons momentos, como na vitória que conseguiu contra o Cruzeiro no Mineirão por 2-1,  entretanto, não foi o suficiente após ter atuado mal na ida, no Morumbi. Porém, na maioria dos jogos, o que se vê é um time que não sabe o que fazer com a bola quando tem a posse, e que falha defensivamente quando atacado. No caso de ontem, o time ficou 18 dias apenas treinando, em muitos deles com os portões fechados à imprensa, e a impressão que passa é que os jogadores não conseguem entender a mensagem passada pelo treinador.

Desta forma, o São Paulo fica apenas com uma competição a ser disputada no restante da temporada, e que começa neste fim de semana: o Campeonato Brasileiro. E a permanência de Ceni no comando do 'Tricolor' começa a pairar na cabeça do torcedor. O ex-goleiro tem respaldo da diretoria e terá tempo para trabalhar. Por enquanto, parece ainda ser a melhor solução, diante de poucos nomes disponíveis no mercado e com pouca identificação com o 'Tricolor', fato que o clube tem levado em consideração nos últimos tempos.