A cidade de Chicago, que teve a partida de abertura no Soldier Field na Copa do Mundo de 1994, desta vez não sediará a Copa do Mundo de 2026, quando a lista completa de cidades que sediará o torneio ainda não está definida.
As dez cidades dos Estados Unidos para a Copa do Mundo de 2026 continuam a mudar, mas Chicago foi oficialmente descartada na segunda-feira, como confirmado por Colin Smith, chefe oficial de torneios e eventos da FIFA, em entrevista coletiva.
A confirmação não foi surpreendente, já que desde o mês passado o prefeito da cidade, Rahm Emanuel, já o havia anunciado ao explicar que o órgão da Copa do Mundo queria um cheque em branco dos contribuintes da cidade.
"Eles queriam um cheque em branco dos contribuintes, e eu disse que não vamos dar a eles", disse Emanuel. "Os outros esportes deixaram grandes dividendos para a cidade, mas os do futebol internacional queriam que financiassemos o evento e foi por isso que eu disse não", explicou.
Por sua parte, Dan Flynn, ex-diretor executivo da Federação de Futebol dos Estados Unidos, que faz parte do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2026, que também ocorrerá no México e no Canadá, falou mais amplamente sobre os planos de trabalho que tem o grupo encarregado de definir a lista final das cidades-sede.
As candidatas incluem Nova York, Boston, Los Angeles, Seattle, Houston e Dallas. No entanto, Smith disse que não é possível fornecer uma data para quando a lista será finalizada.
"Planejamos inicialmente que finalizássemos o processo de seleção na primavera de 2021", disse Smith. "Agora, obviamente, isso foi baseado no início de março e em pelo menos duas séries de visitas de inspeção este ano para finalizar o processo".
Smith admitiu que, por causa do COVID-19, "obviamente, agora tivemos que adiar isso. É muito difícil dar uma data final, porque ainda não sabemos exatamente quando é a data de início".
Quanto à decisão final, Flynn explicou que está nas mãos da FIFA, embora o US Soccer faça suas contribuições. Também foi anunciado que 80.000 espectadores são a capacidade mínima do campo que pode receber a grande final.
Referindo-se ao que aconteceu na Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, Flynn acredita ter um potencial ainda maior de alcançar grandes objetivos em 2026, ao lado do México e do Canadá como co-anfitriões.
"Temos mais de 20 anos de experiência desde a realização da Copa do Mundo de 1994, por assim dizer", disse Flynn. "Nosso esporte está em um nível diferente do que tínhamos na copa do mundo anterior e, portanto, é lógico pensar que nossas oportunidades também serão maiores".
Flynn também disse que a colaboração com os responsáveis pela organização no México e no Canadá é "muito positiva".