Na história do futebol brasileiro, os clubes sempre tiveram dificuldade quando o assunto é união. Vez ou outra se ensaiou alguma unidade que acabou sendo perdida no tempo por conta de "rivalidade". Nesta semana, a decisão de formar uma Liga para administrar o Campeonato Brasileiro e tirar poderes da CBF agitou o cenário esportivo, mas passado alguns dias começou-se a pensar sobre esta tal harmonia.
Apesar de evitarem comentar, alguns dirigentes já se preocupam com o tema e um dos principais alvos é o Flamengo. Segundo apuração da Goal, o sentimento de alguns presidentes é de que na hora de discutir alguns temas importantes como cota de TV, o clube carioca poderá criar problemas.
Internamente, há quem acredite que se faz necessário ajustar o modelo e diminuir a distância de valores recebidos entre os clubes e isso pode afetar no relacionamento com o Flamengo, hoje quem mais recebe da televisão.
Vivendo um momento de instabilidade, por conta do afastamento do presidente Rogério Caboclo, a CBF não trabalha contra a criação da Liga, pelo menos por agora. No entanto, acreditam que a ideia não irá longe. Os cartolas da entidade estão no modo "dar corda para se enforcarem".
O primeiro passo hoje é organizar departamentos e um CEO que não tenha ligação com nenhum dos clubes. A exigência é de que as decisões sejam tomadas em conjunto e que todos clubes tenham poder igual. É também neste ponto que a CBF acredita que a ideia não irá muito longe.