Bruno Henrique foi o grande protagonista no jogo de ida da semifinal da Libertadores, na vitória por 2 a 0 sobre o Barcelona de Guayaquil dentro de um Maracanã com parte da torcida liberada. Foram dois gols do camisa 27 que ajudaram a encaminhar a vaga para a finalíssima marcada para Montevidéu.
Mas ainda que não tenha estufado as redes, Gabigol também encantou. Se movimentando bastante, saindo muito da área e ainda assim sendo decisivo – como na belíssima assistência para o companheiro de ataque abrir o placar, de cabeça – Gabriel deixa exacerbado o óbvio que só é óbvio quando um atacante se torna gigantesco: ele não precisa só de gols para ter seu talento exaltado.
O Atlético-MG lidera o Brasileirão e é forte, o Palmeiras é o atual campeão da Libertadores... mas ainda não há time que jogue como este Flamengo no cenário brasileiro e sul-americano. E que tenha tanta capacidade de meter medo nos adversários, seja pela capacidade técnica para decidir ou pelo histórico que este time já vai carregando em suas costas.
São vários os destaques individuais deste Flamengo. Arrascaeta, lesionado e ausente em campo contra o Barcelona equatoriano, é dos maiores deles. Mas quando o assunto é gol não tem como não citar Gabigol e Bruno Henrique na Libertadores. Eles já decidiram no caminho do título conquistado em 2019, com Bruno sendo eleito Rei da América e Gabriel se eternizando como herói daquela conquista sobre o River Plate... e seguem decidindo.
Segundo estatísticas da Opta Sports, nas últimas cinco edições da Libertadores Bruno Henrique e Gabriel Barbosa foram os jogadores com mais participações diretas em gols – 27 de Bruno, entre 16 tentos e 11 assistências, e 28 de Gabi, com 22 gols e seis passes para tentos de companheiros.