O fraco desempenho do time e as últimas entrevistas de Fábio Carille têm gerado uma grande onda de insatisfação dentro de Corinthians. O presidente Andrés Sanchez ainda avalia a permanência do treinador para 2020, mas, sabe a 'Goal', está cada vez mais impaciente e pressionado, tendo, inclusive, já discutido internamente os nomes de três possíveis substítutos: Leonardo Jardim, Sylvinho e Tiago Nunes.
Contestado no Mônaco, que ocupa apenas a 16ª posição no Campeonato Francês (duas vitórias em nove rodadas), o português Leonardo Jardim está na corda bamba e, por isso, foi sugerido pelo empresário Fernando Garcia, com quem o mandatário corintiano tem uma relação muito próxima. Inicialmente, os valores envolvidos numa eventual negociação assustaram, mas, numa segunda abordagem, o cenário passou ser visto com bons olhos.
Garcia tem contato direto com o italiano Federico Pastorello, que mora em Mônaco e trabalha como um dos procuradores de Jardim, cujo contrato com a equipe francesa é válido até junho de 2021. Os dois, aliás, tiveram uma reunião no início de outubro - a situação conturbada no Timão foi um dos principais temas do encontro.
Sylvinho, que recentemente foi demitido do Lyon, também já foi consultado por pessoas ligadas ao Corinthians. Por ter trabalhado no clube alvinegro, como jogador e depois curiosamente ao lado do próprio Carille como um dos auxiliares de Tite, entre 2013 e 2014, o ex-lateral-esquerdo é muito bem avaliado.
Tiago Nunes, do Athletico Paranaense, ainda não foi procurado, mas é outro que teve o nome analisado pela diretoria, sendo destacado como um "profissional qualificado de muito futuro". Porém, a cúpula corintiana sabe, por exemplo, que o Furacão, no papel do presidente Mario Celso Petraglia, não vai medir esforços para renovar com o treinador, que tem contrato vigente apenas até dezembro.
Uma mudança no comando técnico do Timão para já, ainda com o Campeonato Brasileiro em disputa, não está totalmente descartada, mas neste momento ainda é vista como "improvável". Andrés Sanchez sempre se mostrou contrário à demissão de treinadores, salvo raras exceções, como aconteceu com Jair Ventura, no fim de 2018.
Mesmo muito criticado em 2011, Tite, vale lembrar, foi mantido pelo presidente, tendo logo no ano seguinte iniciado uma história recheada de conquistas, entre elas a Libertadores e o Mundial de Clubes.