Ao longo das últimas semanas um assunto dominou o debate sobre o Paris Saint-Germain: Neymar teria ou não condições de jogo, depois de ter sofrido uma lesão na costela, para entrar em campo contra o Borussia Dortmund, no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa?
O brasileiro desfalcou a equipe treinada por Thomas Tuchel nos últimos três jogos (três pela Ligue 1, um pela Copa da Liga), mas sua presença já está confirmada: Neymar vai entrar em campo no Signal Iduna Park, na Alemanha, nesta terça-feira (17). E ao confirmar isso, em entrevista coletiva, o treinador alemão não deixou de passar certa dose de felicidade e alívio.
“Neymar vai jogar contra o Dortmund, certamente. Isto, evidentemente, muda muitas coisas para mim, para Mbappé, para o resto dos companheiros”, afirmou.
De fato, Neymar muda muitas coisas em qualquer equipe. É um craque que desequilibra jogos. Ainda mais em duelos válidos pela Liga dos Campeões, como o próprio PSG sentiu na pele em 2017, quando ainda pelo Barcelona o brasileiro comandou a virada histórica dos catalães sobre os franceses.
Neymar foi contratado pelo PSG meses depois, chegando justamente para ser o craque que conduziria os parisienses à tão sonhada glória europeia.
Mas nas duas últimas temporadas, lesões graves impediram sua presença justamente na fase de mata-mata. A única vez que vestiu a camisa de seu atual clube em duelo eliminatório de Champions foi em 2018, na ida das oitavas de final contra o Real Madrid – que em seus domínios venceu por 3 a 1 e posteriormente eliminaria o Paris rumo à conquista do título.
Dos 15 jogos de Champions League que Neymar fez pelo PSG, 14 foram na fase de grupos. O camisa 10 fez 12 gols e ainda contribuiu com sete assistências. Ou seja, decidiu diretamente para as redes balançarem 17 vezes. Uma média absurda.
E como se não bastassem as eliminações recentes para explicar o quanto o PSG sente a ausência de Neymar, os próprios números atestam isso.
A média de gols do PSG na Champions com Neymar: 3.3. Sem Neymar, a média cai para 2.
Já a média de finalizações do PSG na mesma competição com Neymar é 15.7 por jogo. Sem Neymar, a média cai para 11.4 por jogo.
Em todas as três temporadas, contando apenas jogos de Champions League, o PSG sentiu, e muito, as ausências de seu camisa 10. Não é exagero dizer sem Neymar, o Paris Saint-Germain é uma outra equipe.