No dia 9 de junho de 2015, os torcedores do Barcelona recebiam uma das melhores notícias sobre uma equipe que começava a dar sinais de decadência: Daniel Alves havia aceitado a oferta de renovação de contrato e continuaria no clube.
Apesar dos rumores de saída e de comemorar o triplete (La Liga, Champions e Copa do Rei) às lágrimas e com um discurso muito emocionado, o jogador que provavelmente foi o melhor lateral direito da história moderna do clube catalão decidia ampliar seu vínculo por mais duas temporadas.
No entanto, a assinatura foi só uma miragem, um remendo que não pôde suportar a tensão entre o jogador e a diretoria e se rompeu menos de um ano depois. No verão europeu de 2016, o brasileiro encerrava a sua passagem pelo Camp Nou depois de oito anos vitoriosos. E para o Barça começava a surgir um grande problema.
A árdua tarefa de substituir Dani Alves, um jogador que hoje tem mais títulos até que Lionel Messi, não foi simples e podemos nos atrever a dizer que segue pendente até hoje. Douglas, Montoya ou Aleix Vidal não mostraram condições de preencher o tremendo vazio do lado direito da equipe, ampliado pela falta de conexão com o craque argentino que é dono do setor no ataque e que com o brasileiro ofereceu dias de glória a todos os culés.
A sorte, e também o sacrifício, fizeram brotar um inesperado lateral: Sergi Roberto. O meio-campista formado em La Masia foi improvisado e se adaptou de forma notável à posição enquanto o clube seguia atrás de um lateral direito no mercado.
No verão de 2017, finalmente o clube tomou uma decisão e contratou o pouco conhecido Nelson Semedo, do Benfica. O português foi o melhor da posição após a saída de Dani, mas até agora apresenta altos e baixos e a discussão continua aberta.
Enquanto o Barcelona segue buscando uma solução, uma nova incógnita aparece. Apostar no futuro ou em um rendimento imediato? O clube já conta com duas promessas para a lateral. Moussa Wagué já estreou no time principal, mas precisa amadurecer e foi emprestado ao Nice. Por outro lado, Yan Couto, revelação brasileira de apenas 17 anos que estava no Coritiba, chegará no meio do ano por 5 milhões de euros
A opção imediata passa por Semedo, que já foi apontado como moeda de troca para viabilizar a volta de Neymar e é um dos nomes que está no mercado. O Barça começou a desenhar o elenco futuro, e Semedo não está entre os "transferíveis", mas sim entre os "prescindíveis". Ele também pode ser envolvido em negociações que levariam Joshua Kimmich ou João Cancelo ao time catalão.
Há ainda Emerson, lateral que chegou ao Barcelona depois de uma estranha negociação conjunta com o Betis, onde atuará até junho de 2021. "Estou preparado para jogar no Barcelona", já avisou o jogador da seleção olímpica brasileira, que teve um bom início atuando no futebol espanhol.
Fato é que jogar no Barcelona requer algo especial, algo que inclusive craques como Riquelme e Ibrahimovic não conseguiram alcançar. A única coisa certa no momento é que o clube catalão segue sentindo muita saudades de Dani Alves, que desde então passou por Juventus e PSG (conquistando títulos em ambos) antes de chegar ao São Paulo em agosto do ano passado.