De sucessor de Xavi a "persona-non-grata": a história de Arthur no Barcelona não terá um final feliz. Já vendido à Juventus em uma negociação que também envolve a ida de Miralem Pjanic aos culés, o meio-campista será punido pelo clube por seu "motim".
O jovem brasileiro, que sempre teve o sonho de atuar pelos catalães, queria ter ficado na equipe, mas foi praticamente convencido a assinar com a Velha Senhora, sendo criticado publicamente pelo treinador Quique Setién e "desprezado" pela diretoria blaugrana.
Contratado com muita expectativa de ser o próximo grande meio-campista do Barcelona, Arthur foi perdendo espaço depois de um bom começo por lesões, inconsistência dentro das quatro linhas e problemas extra-campo: foi questionado por viajar para Paris para ir à festa de aniversário de Neymar, ser visto andando de snowboard enquanto lesionado e por causa de rumores que davam conta de que o jovem havia adquirido uma doença sexualmente transmissível.
Criticado pela diretoria, o jogador havia afirmado desejava ficar e dar a volta por cima, até mesmo após a venda. No entanto, nesta segunda-feira (27), se recusou a retornar à Catalunha e pediu para ser liberado de seu contrato.
Mas o Barcelona não está disposto a aceitar de bom grado o "motim" de Arthur: recusou a rescisão de vínculo do jogador e ainda abriu um processo disciplinar para punir o atleta. O caso será analisado por Eric Abidal, diretor de futebol do clube, além de Òscar Grau, CEO, e a tendência é que o jogador tenha parte de seu salário descontado.
Segundo a versão do meio-campista, a comissão técnica de Setién já havia deixado claro que não planeja o utilizar, já que caso jogue bem, sua venda não será bem vista pela torcida dos catalães.
Já o Barcelona afirma que Arthur está com a cabeça na Juventus e não estava focado em ajudar o clube neste final de temporada, que quer jogar o mínimo possível para não se contundir e chegou a fingir lesões para não ter que entrar em campo.