Real Madrid, Barcelona e Juventus foram os que se mantiveram no projeto da Superliga por mais tempo, até que um consenso da UEFA com os outros nove clubes fundadores o derrubou definitivamente. E a consequência pode ser uma sanção de duas temporadas sem jogar competições europeias, de acordo com o 'COPE'. Mas como isso afetaria o cenário atual do futebol?
A primeira chave seria econômica. Merengues, azulgranas e 'bianconeri' são normalmente, todos os anos, as entidades que mais geram lucro tanto a nível de telespectadores como de receitas de patrocínios e outros. Sua capacidade de reunir os melhores jogadores de futebol do mundo tem sido um importante catalisador para o elemento de espetáculo deste esporte.
É claro que as três equipes foram afetadas, à sua maneira, pela crise econômica por conta da pandemia do coronavírus. Os merengues se recusaram contratar jogadores nesta temporada e o azar com as lesões apagou profundamente a equipe de Zidane. Em Barcelona, a crise foi tão determinante que levou a uma mudança de presidente e, em Turim, até se cogitou a venda de Cristiano Ronaldo.
As eliminações do Real, Barcelona e Juventus da Liga dos Campeões também seria uma oportunidade de ouro para outras equipes em suas ligas. No caso dos espanhóis, de forma mais marcante, pois na Serie A, os de Andrea Pirlo sofrem para estar entre os quatro primeiros de sua classificação.
Na LaLiga, equipes do tamanho da Real Sociedad ou Villarreal seriam chamadas a dar um passo à frente com a consequente classificação dos seus principais perseguidores, entre os quais estão o Betis, Granada, Athetic Bilbao e Celta, para a Conference ou Liga Europa. O Sassuolo e a Sampdoria seriam os relativos na Itália.
Outro prisma é o da mesma competição do maior torneio europeu. Projetos como o do PSG lutam há anos para chegar à glória e se livrar de três dos mais difíceis rivais poderia acomodar seu acesso às fases finais para acelerar suas opções para ocupar o trono europeu.