Richarlison foi um dos poucos pontos positivos da Seleção Brasileira no empate por 1 a 1 com o Panamá, sábado (23), em amistoso disputado em Portugal. Talvez tenha sido o único, naquele que até hoje já é considerado o pior resultado e desempenho do Brasil desde a chegada de Tite. Porque desde a sua primeira convocação, o atacante revelado pelo América-MG só evoluiu desde a estreia contra os Estados Unidos.
Sempre que Richarlison teve mais de 30 minutos para mostrar o seu futebol, o saldo foi positivo. A estreia foi contra os Estados Unidos, quando entrou na reta final e não teve muito tempo para mostrar alguma coisa. Dias depois, foi escalado como referência no ataque – lembrando que sua convocação veio após o corte de Pedro, do Fluminense - e mostrou o seu argumento contra a frágil El Salvador: dois gols na vitória por 5 a 0.
Apesar dos elogios que vieram de Tite, Richarlison só voltaria a ser titular no duelo contra os panamenhos. Antes, entretanto, precisou sair do banco de reservas com apenas oito minutos para substituir Neymar no amistoso contra Camarões. E não decepcionou: atuando aberto pela esquerda, mas centralizando as suas ações mais perto da área, decidiu como centroavante, subindo após escanteio para acertar uma forte cabeçada. Naquele último amistoso de 2018, garantiu o 1 a 0.
Na ordem, movimentações do atacante contra El Salvador, Camarões e Panamá (Foto: Opta Sports)
Contra o Panamá, escalado no lado direito de ataque (como já havia acontecido contra Argentina e Uruguai), foi quem mais arriscou finalizações (4) e por muito pouco não decidiu com gol no segundo tempo, após arrancar pela direita e ver sua finalização ser interceptada por um zagueiro adversário – em lance onde o posicionamento de Gabriel Jesus também não lhe ajudou. Demonstrando personalidade e sem deixar se abater pela pouca importância do jogo, correu como se valessem três pontos.
Gol contra Camarões, quando entrou aos 8 min. para substituir Neymar
Além da personalidade demonstrada e do bom futebol, outro grande trunfo de Richarlison para garantir a sua titularidade na Seleção Brasileira até a Copa América é justamente a sua polivalência para as posições de ataque. Vestindo a camisa amarelinha, ele não amarela: seja pela extremidade esquerda – onde enfrentará concorrência de nomes como Vinícius Júnior e Neymar -, direita ou como referência máxima no ataque, o ‘Pombo’ entrega o que é pedido: bom futebol, raça e poder decisivo para criar e finalizar jogadas. No pós Mundial, é, ao lado de Neymar, quem mais fez gols. Foram três, e a vontade é de colecionar muitos outros.
"Desde quando vim pela primeira vez, vim com intenção de ser artilheiros e fazer gols em todas a partidas. Sou um cara que busca sempre o gol e fui convocado justamente por fazer muitos gols pelo meu clube. Vou buscar essa artilharia com a camisa da Seleção", afirmou recentemente.
Nesta terça-feira (26), contra a República Tcheca, Richarlison terá mais uma oportunidade de mostrar por que já aparece como um dos favoritos para a lista da Copa América.