O Cruzeiro fez contato a fim de acertar a contratação de Alexandre Mattos para o cargo de diretor de futebol em 2022. O clube enviou um emissário aos Estados Unidos para tentar convencer o executivo a assumir o futebol da equipe na próxima temporada.
Pedro Mesquita, um dos líderes da XP Investimentos, empresa que trabalha para a transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), foi ao país norte-americano para conversar com o dirigente, conforme apurado pela 'GOAL'. Com autorização da cúpula, empresário mostrou o planejamento para que o Cruzeiro se torne uma empresa a partir de janeiro do ano seguinte.
Nos bastidores, acredita-se que o clube pode receber um aporte na casa dos R$ 500 milhões após a sua conversão em empresa. Além disso, imagina-se que os débitos sejam unificados e consumam um percentual menor da receita anual. A tendência, de acordo com o apurado pela reportagem, é que o investimento no esporte seja ampliado com essas mudanças. O empresário utiliza esses argumentos para convencer Mattos a assumir o projeto.
Após a apresentação do planejamento, Pedro Mesquita fez o convite para que Mattos assuma o futebol do Cruzeiro — o presidente Sérgio Santos Rodrigues não foi ao encontro da dupla para tratar o retorno do dirigente ao clube. O executivo não descarta uma resposta positiva para iniciar a sua segunda passagem oficial pela Toca da Raposa II.
Alexandre Mattos também tem uma proposta para trabalhar no Boston City, clube que joga a National Premier Soccer League (NPSL), liga que representa a quarta divisão do futebol local. No entanto, vê a possibilidade de assumir o Cruzeiro, mesmo na Série B do Campeonato Brasileiro, como uma alternativa interessante.
A ideia da diretoria cruzeirense é que o departamento de futebol seja conduzido por Alexandre Mattos e Vanderlei Luxemburgo. Ambos são apontados como nome relevantes da história do clube e com qualidade o suficiente para levá-lo de volta à elite do futebol nacional.
Mattos esteve à frente do Cruzeiro entre 2012 e 2014. No período, foi bicampeão brasileiro. Posteriormente, passou por Palmeiras e Atlético-MG. Antes de assumir a função no Galo, ficou por dois dias na Raposa para auxiliar a gestão transitória. A sua passagem relâmpago serviu apenas para renovar o contrato do zagueiro Cacá na Toca da Raposa II.