O Cruzeiro evita colocar multa rescisória em contrato com profissionais do departamento de futebol em meio à mudança de associação para clube-empresa. Aconselhada pela XP Investimentos no processo, a diretoria não estabelece indenizações em vínculos de profissionais extracampo por receio de afastar possíveis investidores, conforme apurado pela GOAL.
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A corretora busca parceiros que possam injetar dinheiro no clube após a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Entretanto, como pretende deixar o esporte administrado pelos novos investidores, instruiu a diretoria a evitar a imposição de multa rescisória em contratos com profissionais que não sejam atletas.
Um exemplo é o vínculo oferecido a Alexandre Mattos. O diretor de futebol foi procurado por um dos líderes da XP Investimentos, Pedro Mesquita, para conversar sobre a possível volta à Toca da Raposa II e escutou que não seria possível colocar uma multa rescisória em seu contrato.
A explicação a Alexandre Mattos foi a mesma feita a membros da comissão técnica de Vanderlei Luxemburgo pela atual gestão. A justificativa é que, com a chegada de um novo investidor, o clube pode fazer mudanças nos bastidores por decisão do novo responsável pela administração do futebol.
O Cruzeiro deve aprovar, ainda na primeira quinzena de dezembro, uma mudança em seu estatuto que permitirá a alienação de mais de 49% do clube. A ideia é que seja negociado um percentual elevado aos investidores, mantendo o clube com uma fatia mínima das ações.