Quando o São Paulo anunciou a venda em definitivo do meia Christian Cueva, em 2018, para o Krasnodar, da Rússia, por R$ 36 milhões, encerrou uma história cheia de gols, assistências, boas jogadas, momentos conturbados, brigas com a torcida e inúmeros problemas extra-campo.
O meia, que começou muito bem e encerrou a sua carreira no clube odiado pela torcida, é visto as vezes como um microcosmo dos anos de seca do Tricolor: muito potencial, um começo promissor e um final desapontante. Agora, em entrevista, o peruano aparentou estar "com saudades do ex...clube".
"Eu gostaria de ter a oportunidade de jogar novamente no São Paulo. É uma equipe do povo, foi lindo quando estive por lá. Me ensinou muitas coisas. Jogar no São Paulo é diferente", declarou Cueva.
Contratado em junho de 2016 por R$ 8 milhões, foi o principal jogador do Tricolor no segundo semestre daquele ano, com direito a atuação de gala contra o Corinthians, em goleada por 4 a 0, com gol de pênalti por cavadinha diante de Cássio e três assistências. Assim, enquanto o resto do time era criticado duramente, foi poupado pela torcida e começou a ser querido no clube paulista.
O atleta chegou no meio de 16 e em seis meses anotou 7 gols e deu cinco assistências. A goleada de 4 a 0 no Corinthians é toda na conta dele.
No ano seguinte, começou a todo vapor: era o principal jogador do time de Ceni, e já se falava até em uma possível "Cuevadependência" da equipe do São Paulo naquele momento. Foram aí que começaram a aparecer os problemas pessoais, os episódios onde se mostrou fora de forma e a sequência de lesões.
March 27, 2017
September 30, 2017
No entanto, o final da história não foi bom: o meia perdeu protagonismo após a chegada de Hernanes no segundo semestre de 2017, e mesmo que tenha tido atuações importantes na luta contra o rebaixamento, começou 2018 em baixa, e seus problemas extra-campo já repercutiam negativamente.
Em seu último ano no São Paulo, perdeu a titularidade para Nenê, outro jogador que encerraria sua passagem no Morumbi envolto em polêmicas, e foi vendido depois da Copa do Mundo de 2018, onde decepcionou na seleção peruana. Seu útlimo jogo pelo clube foi diante do Rosario Central, no dia 9 de maio, onde saiu do banco de reservas e foi expulso poucos minutos depois, ao dar um pontapé no adversário.
Assim, terminou sua história no Tricolor - pelo menos por enquanto - em baixa, após uma carreira onde foi, em vários momentos, o único grande jogador do clube do Morumbi. Você, torcedor, aceitaria o peruano de volta?