Tite comanda nesta terça-feira à tarde no Olival, centro de treinamento do Porto, a primeira atividade com todo o grupo à disposição em solo português. Um local que quase passou a ser o ambiente de trabalho do treinador, poucas semanas antes de trocar o Corinthians pela Seleção Brasileira.
Logo após demitir José Peseiro, em maio de 2016, o clube português foi procurado pelo lusobrasileiro Deco, que sugeriu a contratação do então comandante do Timão. Ídolo portista e com moral de sobra nos bastidores, o ex-jogador e agora empresário convenceu o amigo e presidente Pinto da Costa a investir no corintiano.
Gilmar Veloz, agente de Tite, foi acionado logo em seguida para assumir as conversas. Assim que soube do interesse concreto dos dragões, que pensavam em oferecer um contrato válido por duas temporadas, o treinador, no entanto, brecou a negociação.
"Tite viu com bons olhos trabalhar em Portugal, porque, além da facilidade da língua, o Porto é um grande clube, está acostumado a jogar a Liga dos Campeões. Pesou contra o desejo dele de continuar o projeto no Corinthians, onde ele havia acabado de ser campeão nacional pela segunda vez", revelou uma pessoa próxima ao comandante gaúcho, à Goal.
Mas não tardou para Tite deixar o Corinthians. Conforme o próprio disse em diversas entrevistas, foi "orgulhoso e vaidoso" ao aceitar em junho o convite da CBF para, enfim, assumir a Seleção Brasileira, um cargo que, vale ressaltar, almejava há anos.
Sem o brasileiro, o Porto optou por contratar Nuno Espírito Santo, hoje no Wolverhampton, da Inglaterra. O time português é dirigido atualmente por Sérgio Conceição, que na temporada passada conquistou o título nacional.