Um dos grandes personagens, talvez o grande personagem do confronto entre Boca Juniors e Cruzeiro, pelas quartas de final da Copa Libertadores, foi o zagueiro Dedé.
O defensor convocado recentemente por Tite para a Seleção Brasileira e um dos grandes nomes da Raposa, afinal, foi expulso de forma bizarra no jogo de ida, em La Bombonera, após choque acidental com o goleiro xeneize Andrada. Na ocasião, o lance foi revisado no VAR e, de forma equivocada, rendeu na expulsão de Dedé, que depois foi anulada pela Conmebol após reclamação do Cruzeiro.
Com isso, Dedé foi liberado para entrar em campo nesta quinta-feira (4), para enfrentar o Boca Juniors pelo jogo de volta, no Mineirão. E o zagueiro acabou sendo expulso novamente. Desta vez, tomando dois amarelos, o segundo após falta dura no meio-campo.
Irritado com a situação, o defensor celeste disse ter sido perseguido pelo árbitro Andrés Cunha. "Eu acho que sim (teve perseguição). Toda jogada que eu fiz, o juiz deu falta. Teve um lance que o goleiro saiu, o zagueiro me puxou pela cabeça e ele deu falta minha. Eu avisei a ele para prestar atenção em mim também. Ele me avisou que a próxima vez que eu fosse à área ele ia me advertir", revelou.
"No segundo tempo, no primeiro lance que eu fui para a área, o goleiro socou e eu trombei, ele me deu amarelo. O goleiro se jogou, fingiu uma cabeçada, fez um drama, e o juiz me deu amarelo. Mas, enfim, tenho que parabenizar a equipe. Tentei fazer o meu melhor, mas infelizmente a gente nem sempre ganha", completou.
"Eu fui bloquear a bola, tentei com a perna esquerda, mas minha perna direita bateu na perna dele. Acho que não foi lance para cartão. A bola correu. Algumas coisas a gente vê que não são só dentro de campo. Algumas coisas mexem com o lado político. A gente brigou para reverter o meu cartão, e o juiz chegou aqui e minou o tempo todo as minhas jogadas dentro da área. Eram brigas, mas brigas de força", reclamou.
"Não pode dar falta para defesa nesse caso. Se ele me agarra, eu tenho que me livrar dele. Quatro bolas seguidas de perigo, ele deu falta. (...) O placar foi influenciado demais pela arbitragem. A arbitragem errou demais nesses dois jogos, mas não tiro mérito do Boca e nem dos jogadores. Mas acho que o externo tem que ser olhado", concluiu.