Domínguez se desculpa por frase infeliz e descarta uma Libertadores sem o Brasil

Em um comunicado publicado em suas redes sociais, o dirigente paraguaio respondeu às críticas geradas por sua declaração na véspera do sorteio da fase de grupos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana, realizado no Paraguai.
"Isso seria como Tarzan sem Chita, impossível", disse Domínguez ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de uma Libertadores sem os clubes brasileiros. A pergunta surgiu após a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ter sugerido recentemente a saída do Brasil da federação sul-americana.
Na nota divulgada nesta terça-feira, Domínguez enfatizou que sempre "promoveu o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade", valores que classificou como "fundamentais para a Conmebol".
"Reafirmo meu compromisso de continuar trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação", acrescentou o presidente da entidade que comanda o futebol sul-americano.
Durante a cerimônia de sorteio na noite de segunda-feira, Domínguez também abordou o racismo, classificando-o como "um desafio para a organização".
"O racismo não nasce no futebol, nasce nas sociedades, mas afeta o futebol", declarou, falando em português.
Ele ainda mencionou o caso de Luighi Hanri, jovem atacante do Palmeiras que chorou diante da imprensa após ser alvo de insultos racistas de torcedores do Cerro Porteño durante um jogo da Copa Libertadores sub-20.
Domínguez afirmou que a Conmebol "aplica sanções e faz tudo o que está ao seu alcance para mudar essa realidade, mas reconhece que isso não é suficiente".
Após os atos de racismo denunciados pelo Palmeiras, a Conmebol impôs, em 9 de março, uma multa de 50 mil dólares ao Cerro Porteño, proibiu a presença de público nos jogos do clube na Libertadores sub-20 e determinou a publicação de uma campanha de conscientização contra o racismo nas redes sociais do time. Além disso, suspendeu o técnico do Cerro, Daniel Achucarro, por duas partidas.
Leila Pereira considerou a punição branda e chegou a sugerir que o Brasil poderia deixar a Conmebol para se filiar à Concacaf.