Tudo indicava que o Barcelona tinha um pé na final de Madrid depois da vitória por 3-0 conseguida no Camp Nou e devido às ausências significativas nos rivais de Inglaterra.
Klopp tinha uma verdadeira dor de cabeça pela frente sem Salah e Firmino, peças chave no seu trio de ataque perfeito. O Liverpool precisava de três golos para pelo menos empatar a eliminatória e falava-se de impossíveis. Mas em Anfield tudo é possível.
O ambiente era favorável ao Liverpool e os minutos antecendentes ao duelo fizeram arrepiar qualquer admirador de futebol. Os adeptos estavam com a equipa e relembravam os "reds" que "Nunca caminham sozinhos".
Os "reds" entraram com tudo e apesar das baixas, os "substitutos" deram conta do recado. O Liverpool entrou melhor e aos sete minutos abriram logo o marcador por intermédio de Origi.
Mané recebe na direita serve Henderson que remata para a defesa de Ter Stegen, no ressalto Origi não perdoa e faz o 1-0 para os da casa. Anfield voltava a sonhar e o impossível tornava-se um pouco mais possível.
Ataques, atrás de ataques. A primeira parte foi dominada pelos "reds", pela falta de equilibrio na defesa do Barça e pelas escassas tentativas de Messi que mostrarm o melhor lado de Alisson.
Entre Mané, Shaqiri, Robertson e Origi as ocasiões iam aparecendo e Ter Stegen teve muito trabalho ao longo de toda a primeira parte. Grandes defesas que seguravam o resultado e a eliminatória.
Ao intervalo Klopp fez saltar Wijnaldum para o lugar de Robertson que tinha saído com dores para o descanso. E que boa opção do técnico alemão.
O Liverpool voltou a entrar ao ataque e precisou de menos de dez minutos para voltar a marcar. E nada mais nada menos do que Wijnaldum. Cruzamento na direita que ia em direção a Mané, que estava completamente cercado, mas aparece Wijnaldum que de primeira remata para o fundo da baliza de Ter Stegen.
Estava feito o 2-0 no encontro e o 2-3 na eliminatória. Os fantasmas "culés" apareciam e a expetativa em relação à reviravolta estava mais viva que nunca. E não foi preciso esperar muito...
Dois minutos foram precisos para o sonho estar mais perto da concretização. Outra vez Wijnaldum. Cruzamento na esquerda de Shaqiri. Wijnaldum sobe mais alto que todos e cabeceia para bater Ter Stegen e colocar o empate na eliminatória.
O Barça tentou correr atrás do prejuízo. Leo Messi na direita obriga Alisson a uma grande defesa que mantinha o sonho vivo. E aos 79' o balde de água fria para os catalães e a festa para os "reds".
Um canto para Alexander-Arnold bater. Uma brincadeira entre o '66' e outro jogador "red" engana a defesa "culé" que deixa Origi sozinho na área. Arnold converte o canto rápido e o belga sozinho na área bisa e dá a volta na eliminatória.
Ao contrário do esperado, nos dez minutos que faltavam até ao final do encontro foi o Liverpool que dominou e continuou a procurar mais golos.
O apito final chegou e o Barça vê os fantasmas de Roma regressarem. Messi diz adeus a "essa copa tão linda" e os de Valverde despedem-se assim das hipóteses de conquistarem o triplete e a Europa.
O Liverpool, por seu lado, chega pelo segundo ano consecutivo à tão ambicionada final europeia. Sem as suas melhores armas, Klopp deu aos seus adeptos o prazer de lhes concretizar mais um sonho.
Anfield, o terrível palco onde todos temem jogar, foi palco de um adeus à Champions por parte do Barça e de um até já Madrid pelo Liverpool.
E quando todos pensavam que era impossível, o milagre de Anfield aconteceu...