No primeiro confronto de Portugal para a qualificação do Europeu 2020 provavelmente muitos estranharam que aquando de uma substituição da Ucrânia entrasse um jogador com um nome bastante brasileiro.
De facto, Júnior Moraes nasceu no Brasil mas na última semana foi-lhe concedida a nacionalidade ucraniana, o que permitiu ao selecionador, Andryi Shevchenko, convocar o avançado do Shaktar Donetsk.
No entanto, depois do encontro da segunda jornada, o Luxemburgo garantiu que a utilização do jogador seria indevida, por não cumprir os requisitos definidos pela FIFA para este tipo de situações.
Nesta terça-feira, a Federação Portuguesa de Futebol confirmou à "Lusa" que também avançará com a queixa para a UEFA para posterior análise.
De acordo com o "maisfutebol", o avançado da Ucrânia não terá vivido os cinco anos ininterruptos no país que agora representa e esse fator poderá ser predominante para que estejamos perante um alinhamento indevido.
Por seu lado, Yuri Zapisotsky, representante da Federação Ucraniana, em declarações à imprensa russa, garantiu a legalidade do processo e acredita que a utilização do jogador era permitida.
"Acreditamos que foram cumpridos todos os procedimentos e prazos legais para que o Júnior Moraes pudesse obter a cidadania ucraniana de forma legal. Segundo a legislação em vigor, ele cumpriu os cinco anos de residência no país", garantiu Zapisotsky.
De acordo com "A Bola", a UEFA já terá confirmado a receção da queixa por parte do Luxemburgo e que analisará o caso do alinhamento de Júnior Moraes pelo combinado ucraniano.
Em caso de posição favorável ao Luxemburgo e Portugal, a Ucrânia arrisca-se a perder os pontos conquistados nas duas primeiras jornadas. Em caso da punição com duas derrotas a seleção das Quinas somaria quatro pontos, enquanto que o Luxemburgo passaria a líder do grupo com seis.