O atacante Ademir tem futuro indefinido no América-MG. O jogador de 26 anos possui contrato até o fim de 2021 e, apesar da intenção da diretoria em renovar o vínculo, a tendência é que ele não permaneça no Coelho.
O destino pode ser em Belo Horizonte mesmo, já que o rival Atlético-MG monitora sua situação, e, nos bastidores, se movimenta em busca da contratação. As partes, no entanto, negam que exista uma proposta oficial do Galo neste momento.
O nome de Ademir é bem visto por dirigentes atleticanos para ser possível substituto do venezuelano Jefferson Savarino, que desperta interesse de clubes espanhóis.
Atacante velocista, o camisa 10 do América fez apenas quatro jogos na atual edição da Série A do Brasileirão e estaria, em tese, ainda dentro do limite de partidas disputadas para se transferir a outro clube desta edição. Dessa forma, Ademir ainda poderia ser utilizado por outra equipe durante o torneio.
O atacante está fora de combate, pois segue em tratamento de uma lesão muscular na coxa direita sofrida no dia 20 de junho, durante o jogo diante do Palmeiras, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
Destaque em 2020
O atacante Ademir foi o principal destaque ofensivo do América-MG na boa campanha da Copa do Brasil. O time mineiro foi a grande surpresa da competição ao chegar até as semifinais, campanha na qual o time comandado por Lisca eliminou Corinthians e Internacional. A queda aconteceu para o Palmeiras em duelo equilibrado, já que houve empate no jogo de ida em São Paulo. No jogo decisivo, na Arena Independência, os paulistas venceram por 2 a 0.
Responsável pelas principais jogadas de gols do América, Ademir despertou interesse do próprio Palmeiras e do Athletico-PR. Porém, na época, as negociações não deram certo.
O atacante chegou ao Coelho em 2017 após se destacar pela Patrocinense, clube da primeira divisão do Campeonato Mineiro. Pelo América-MG, até aqui, fez 81 jogos e tem 17 gols marcados.
Polêmica da "molecagem"
A possível saída do atacante Ademir antes da estreia do América-MG na Copa do Brasil, em março, gerou polêmica entre o jogador e a diretoria do clube mineiro.
Nos planos do Athletico-PR, Ademir teria se negado a ficar no banco de reservas no duelo contra o Treze, em Campina Grande. Na oportunidade, o presidente do América-MG, Alencar da Silveira criticou a atitude do atleta e aplicou uma multa:
"Molecagem. Ele deve ter recebido uma ligação do empresário, e ele disse que iria ficar no hotel. Jogo importante desse. Coisa de moleque. Moleque ele, e o empresário. Vai tomar uma multa, a multa mais pesada do contrato. Ele não poderia ter feito isso. Poderia ter dito que tinha uma proposta, que aí poderíamos conversar. A gente tem que ser profissional em tudo na vida", afirmou.
Por meio das redes sociais, Ademir se defendeu e pediu desculpas pelo ocorrido:
"Entendo o lado do clube, mas e o meu lado? Mas, com poucas horas de antecedência, isso me foi passado, não achei viável e honesto da minha parte entrar em campo sem ter me preparado, principalmente psicologicamente, pois senti que não iria render o que eu posso render, por toda a situação que foi criada, e poderia prejudicar a equipe ao invés de ajudar”, destacou o atleta.