A camisa número 1 é de grande responsabilidade no futebol, quem nunca ouviu o ditado que diz que um time vencedor começa pelo goleiro? Pois é, e não seria diferente na seleção que mais vezes levantou a taça da Copa do Mundo. Ao que tudo indica, na busca pelo sexto título, Alisson terá a grande responsabilidade de guardar o gol brasileiro.
Titular na meta 'Canarinho', ele foi um dos jogadores que mais atuaram com o técnico Tite e desde que assumiu a vaga, ainda na "era Dunga", jamais deixou de ser o dono da posição. Ainda que não goze de tanto prestígio com a torcida brasileira, as críticas já foram bem maiores com relação ao arqueiro que tem total confiança do comandante.
Em grande fase na Roma, Alisson precisou ser paciente até que chegasse seu momento, isso porque ele ficou praticamente uma temporada na reserva do polônes Szczesny e teve que conviver com as desconfianças e as críticas em todas as vezes que era convocado para a Seleção.
"Trabalhei muito para chegar aonde eu cheguei, ser titular da Seleção e não vou abrir mão disso. Eu não estava com ritmo de jogo aqui na Roma, começou uma contestação, começaram a pedir outros goleiros. Foi pela questão do ritmo, nunca pela falta de uma qualidade minha", disse o goleiro em entrevista ao jornal 'Folha de São Paulo'.
Mas ainda que pouco aproveitado na Roma, sempre que acionado, Alisson não deixou a desejar na Seleção, exceto por uma falha na Copa América Centenário, contra o Peru, já superado pelo jogador, até porque depois disso a maré começou a mudar para o Brasil que saiu da má fase e reencontrou o a alegria e o bom futebol.
Depois disso, o goleiro disputou 11 jogos com Tite e sofreu apenas três gols, um deles foi contra. Números que não permitem que o arqueiro seja questionado por seu desempenho dentro de campo. Além disso, ele assumiu a titularidade na Roma nesta temporada e conquistou os italianos com boas atuações.
Recentemente, o técnico Eusebio Di Francesco, em entrevista ao Correio Dello Sport, foi questionado sobre qual jogador mais vem surpreendendo na temporada não duvidiu em apontar Alisson.
"O treinador de goleiros falou dele imediatamente. Mas quando o vi dentro de campo fiquei estupefato de sua presença e pela tranquilidade que transmite ao grupo".
Desde que assumiu o gol da Roma, Alisson percebeu que as críticas sobre a titularidade na Seleção Brasileira diminuíram bastante.
"Nos últimos meses, não tenho visto ser tão forte essa questão das críticas. Mas não me afetou muito na Seleção. Quando fui chamando, eu estava pronto. Lógico que quero alcançar a unanimidade. Mas, no futebol, hoje o melhor do mundo, que é o Cristiano Ronaldo, não é unamidade para todos. Uns preferem o Messi, outros preferem o Neymar. Sei da minha qualidade".
Na atual temporada, Alisson soma 24 jogos como titular da Roma com apenas 18 gols sofridos, menos de um gol por partida em média, números que confirmam a sua boa fase na Itália e que comprovam que Tite fez bem em confiar no goleiro.
Mas apesar de tudo isso, Alisson ainda precisa conviver com a concorrência de Ederson, hoje a sua maior ameaça como titular no gol brasileiro. Aos 24 anos, ele se tornou o queridinho de Pep Guardiola no Manchester City, clube que atualmente vem impressionando o mundo com seu bom futebol.
Por outro lado é mais do que evidente que se a Copa do Mundo começasse hoje, Alisson seria o responsável pela meta brasileira no caminho em busca da sexta estrela.