Na passada quarta-feira, o Barcelona fez o que para muitos parecia impossível e, com uma goleada histórica (6-1), anulou a vantagem de quatro gols que o Paris Saint-Germain trazia da primeira mão para virar a eliminatória a seu favor e carimbar a passagem aos quartos de final da Liga dos Campeões.
No entanto, as duas partidas, relativas aos oitavos de final da prova, não tiveram apenas resultados diferentes: as estatísticas mostram que os catalães mudaram drasticamente o seu comportamento, o que lhes valeu a tão ansiada "remontada".
No primeiro jogo, que se disputou em solo parisiense e do qual o campeão francês saiu vitorioso por expressivos 4-0, o Barça fez um total de 7 remates, que contrastam com os 20 da partida da segunda mão.
Além disso, o emblema azul-grená foi capaz de trocar mais a bola entre os seus jogadores, como o comprovam os 429 passes efetuados pela equipe de Luis Enrique no jogo do Camp Nou; no Parque dos Príncipes, haviam sido somente 316.
Os 'culés' também foram mais fortes no capítulo aéreo, tendo ganho 53% dos duelos pelo ar na segunda mão, enquanto na primeira se tinham ficado pelos 44%.
Por outro lado, o Barcelona, fruto da necessidade de marcar muitos gols para passar à próxima eliminatória, jogou com as linhas mais avançadas e concedeu ao PSG mais oportunidades de chutar à baliza defendida por Ter Stegen. A exibição de qualidade do guardião alemão, aliada à boa prestação defensiva dos seus colegas, ajudaram o clube a manter-se vivo no jogo e a seguir em frente na Liga dos Campeões.
Em suma, o Barcelona foi mais pragmático no jogo da segunda mão e só assim foi capaz de fazer história, tendo sido a primeira equipe a virar um resultado tão avultado na Champions.