Portugal perdeu por 1-3 frente à Espanha no segundo jogo de ambas as equipas no Europeu sub-21 que se disputa a Polónia.
As duas formações foram para este jogo com três pontos somados, fruto das vitórias nos seus primeiros jogos, e procuravam garantir desde já a passagem às semifinais da competição, com um triunfo neste jogo. Sorriram os espanhóis, portanto, que revelaram uma experiência e eficácia tremenda frente a um conjunto português que pareceu algo desencontrado com a forma como atacar a baliza de Kepa.
Os jovens lusos, no entanto, até entraram bem e aos 10' Podence podia ter aberto ativo mas acertou no poste da baliza espanhola. Só que quem marcou foram mesmo 'nuestros hermanos', por Saúl Ñiguez, aos 21'.
O golo acalmou as hostes castelhanas, que passaram a controlar o jogo, e tiveram mais duas ocasiões para marcar, por Bellerín e Sandro Ramírez, mas na primeira Bruno Varela evitou o pior e na segunda a bola saiu ao lado do poste da baliza lusa.
0-1 ao intervalo, e para o segundo tempo os comandados de Rui Jorge vieram melhor, mais juntos, mais pressionantes, e mais subidos, o que resultou numa equipa portuguesa mais próxima da baliza de Kepa. Mas sem ponta de lança na área, Portugal continuava a insistir em cruzamentos (de qualidade, diga-se, mas para ninguém), e contra a corrente do jogo viria a sofrer o segundo, numa transição exemplar dos homens de Celades, concluída precisamente 'à ponta de lança' por Sandro Ramírez, que desviou, ao primeiro poste, um cruzamento rasteiro de Deulofeu.
0-2 aos 64', caíram os ânimos nas hostes lusas, mas ainda havia muito tempo para jogar e Rui Jorge tentava levantar a equipa com as entradas de Gonçalo Paciência (o tal homem de área) e Ricardo Horta (Bruma já estava em campo desde os 57'). Curiosamente, a equipa não melhorou, pelo contrário, passou a procurar Paciência em jogo direto e nas poucas boas jogadas de envolvimento os cruzamentos perderam qualidade. Ainda assim, 'do nada' Bruma fez um golaço candidato a melhor da prova, num tiro em vólei, de primeira e de pé esquerdo (não é o seu melhor), aos 77', sem hipóteses para Kepa.
Estava relançada a partida, mas a inoperância lusa manteve-se, e a segundos do apito final um erro de Rúben Semedo permitiu a Iñaki Williams isolar-se e bater Bruno Varela pela terceira vez.
1-3, resultado final que classifica desde já a Espanha para a fase seguinte da competição e complica, e muito, as contas portuguesas (apesar de no outro jogo do grupo se ter registado um empate a duas bolas entre Sérvia e Macedónia) já que só o primeiro de cada um dos três grupos passa automaticamente, ficando a última vaga das meias finais para o melhor segundo do torneio; posição agora almejada pelos sub-21 lusos.