O Espanyol, após a derrota para o Real Madrid no Estádio RCDE, ficou a dez pontos da permanência na Primeira Divisão, faltando seis rodadas para o fim, um cenário que complica excessivamente as chances de salvação para a equipe catalã.
Do próprio vestiário azul e branco, eles sabem que a situação é complexa. A vontade da equipe é apurar todas as opções matemáticas, embora a dificuldade do cenário seja reconhecida em todas as esferas. Na quinta-feira, às 19h30 (horário local), a equipe visita Anoeta para enfrentar a Real Sociedad, outro jogo duro.
A temporada do Espanyol é para esquecer. Nesta última semana, a derrota contra o Betis, a demissão do técnico Abelardo Fernández e a nomeação de Rufete, diretor esportivo, já que o novo treinador evidenciou a constante corda bamba em que a entidade catalã está inserida.
Na atual campanha, a equipe azul e branca teve quatro treinadores: David Gallego, Pablo Machín, Abelardo Fernández e Rufete. Na última temporada em que o Espanyol tinha quatro dirigentes no banco, em 1988-89, o time acabou na Segunda Divisão.
O desencanto da torcida é compreensível. A equipe voltou da paralisação com bons sentimentos: marcou quatro pontos em dois jogos, contra Alavés e Getafe. De qualquer forma, depois ele encadeou três derrotas (Levante, Betis e Real Madrid) que afundaram a equipe.
Todos os cartuchos já estão queimados. As trocas de treinadores geralmente são recursos usados pelos clubes para revitalizar suas equipes, mas desta vez não tem sido muito útil. A permanência está a dez pontos e, apesar de não desistir de nada, o vestiário se concentra em, pelo menos, não terminar a temporada como último.
O grande esforço financeiro durante o mercado de inverno também não evitou o suspense: o Espanyol contratou o uruguaio Cabrera, o atacante Embarba, o goleiro Oier e o atacante Raúl de Tomas em janeiro. No total, um investimento próximo de 40 milhões de euros.
Atualmente, a entidade está em queda livre. O cenário criado pelo coronavírus não ajudou, o que forçou a jogar sem público e a fazer uma pré-temporada curta. Além disso, oito jogadores foram infectados. Mas os problemas do Espanyol nesta temporada já vieram de antes.