Fernando Luiz Rosa (Manchester City/ING) foi um dos primeiros convocados a chegar à Granja Comary, o moderno centro de treinamentos em que o Brasil se prepara para as competições, em Teresópolis, on Rio de Janeiro. Desde então, demonstra uma aplicação exemplar às atividades.
Apesar de ser considerado um dos líderes do grupo e de contar com a confiança do técnico Tite, sua situação é desfavorável na disputa pela titularidade como volante. Arthur e Casemiro, por enquanto, são os donos da posição.
O jogador de 34 anos sabe que será difícil estar no grupo que disputará o próximo Mundial no Catar, em 2022, e que essa poderá ser sua última oportunidade de se redimir das atuações questionadas nas últimas duas Copas do Mundo.
Fernandinho não apenas é o único integrante da atual Seleção que esteve em campo no 1-7 diante da Alemanha, como também é apontado como um dos responsáveis pela eliminação do Brasil na Rússia em 2018. O volante marcou um gol contra na derrota diante da Bélgica.
Após a Copa do Mundo, o jogador foi massacrado nas redes sociais, incluindo com ofensas racistas, o que o fez pedir a Tite que não voltasse a ser chamado para representar o país. Por isso, sua convocação para esta Copa América foi recebida como uma surpresa e criticada.
O principal argumento das críticas é pelo fato de que sua inclusão na lista impede a convocação de Fabinho, volante que vem se destacando com o Liverpool e que disputa neste sábado a final da Champions League.
Fabinho, de 25 anos, tem a idade considerada ideal para pensar na próxima Copa do Mundo e vinha sendo chamado por Tite para amistosos após a Copa do Mundo.
Fernandinho, no entanto, também tem pontos a favor. Foi um dos jogadores mais destacados no Manchester City de Pep Guardiola e conquistou a Tríplice Coroa Inglesa.
O próprio Tite atribuiu a sua convocação ao seu recente bom desempenho e classificou como uma escolha muito difícil de se fazer.
Ao ser perguntado sobre sua missão na Seleção Brasileira nesta Copa América, Fernandinho destacou o papel de líder: "Os veteranos temos sempre a missão de controlar o vestiário e por ordem na casa, organizar as coisas da melhor forma possível para que não haja problemas entre jogadores e comissão técnica", explicou.
Segundo críticas de diversos comentaristas brasileiros, a escolha por uma equipe mais experiente mostra que Tite estaria priorizando a estabilidade da Seleção para garantir tranquilidade no trabalho e, somente depois de uma desejada conquista da competição, planejar a montagem do grupo para o Catar.