Um dos momentos mais emotivos este domingo foi o funeral dos restos de Christian Esmerio, um prometedor guarda-redes que faleceu com 15 anos e tinha sido convocado várias vezes para as seleções juvenis do Brasil.
Estiveram presentes no funeral centenas de pessoas, muitas com as bandeiras do Flamengo, cujo hino foi cantado no momento em que o corpo era depositado no cemitério de Irajá, um empobrecido bairro da zona norte do Rio de Janeiro.
O incêndio ocorreu na madrugada de sexta-feira no chamado Ninho do Urubu, centro de treinos do Flamengo, quando ao que parece um curto-circuito num ar condicionado provocou as chamas em um dos alojamentos das divisões inferiores. O incêndio fez ainda três feridos que continuam hospitalizados.
Um deles, Jhonatan Cruz Ventura, de 15 anos, continua, este domingo, em estado grave, enquanto que os outros dois podem receber alta nos próximos dias, segundo informações médicas.
A identificação dos falecidos foi dificultada pelo alto nível de carbonização dos restos e, até agora, apenas oito dos dez jovens foram reconhecidos.
Os restos de Rykelmo de Souza Vianna e Samuel Thomas Rosa ainda não foram diferenciados pelos peritos do Instituto de Medicina Legal, que poderão ter de recolher analises de ADN para conseguir a identificação, o que se teme que poderá arrastar o processo durante semanas.
No Ninho do Urubu, depois da tragédia, centenas de pessoas desfilaram este domingo para deixar flores, cartas ou bandeiras em memória dos jovens falecidos.
O acidente desatou uma onda de solidariedade com o Flamengo, que desde a passada sexta-feira não deixou de receber mensagens de todas as equipas do Brasil e de muitos dos mais importantes clubes e jogadores do mundo.