Uma grande novela entre os dois últimos campeões brasileiros esquentou a tarde do futebol brasileiro nesse domingo (27). Flamengo e Palmeiras entraram em campo, no Allianz Parque, em situações diferentes: o Verdão com força máxima e o Rubro-Negro com um time cheio de garotos após a decisão da Justiça determinar a realização da partida entre os dois gigantes.
O Flamengo tentou suspender a partida algumas vezes por conta de um surto de covid-19 no elenco. Ao total, cerca de 40 funcionários do clube - incluindo 19 jogadores - testaram positivo para o novo coronavírus.
Duas ações foram movidas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ), no Rio de Janeiro, e determinaram a suspensão da partida. As ações foram movidas pelo Sindeclubes
(Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro), pelo Saferj (Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio Janeiro). A ação movida pelo Saferj contava com a imposição de 15 dias de quarentena para todo o elenco do Flamengo, que não poderia viajar, jogar e sequer treinar.
Porém, uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) invalidou as duas ações promulgadas pelo TRT-RJ. A afirmação é de que pelo fato do jogo ser em São Paulo, o tribunal regional do Rio de Janeiro não teria jurisdição para suspender o evento fora de seu estado.
A decisão do TST invalidou as duas liminares apresentadas pelo Sindeclubes e pelo Saferj, por isso, a partida ocorreu normalmente. Entretanto, ainda não existe clareza a respeito do pedido de quarentena para o clube da Gávea.
A decisão de realizar a partida apareceu com o argumento de falta de jurisdição pelo jogo tomar lugar em São Paulo, porém, o pedido do Saferj para a quarentena aconteceria dentro dos limites do estado do Rio de Janeiro. Por isso, ainda não se sabe se o pedido para o isolamento e a pausa nas atividades será acatado por estar na jurisdição carioca ou se também foi anulada por conta da decisão do TST, que permitiu a realização do jogo.