Flamengo segura promessa de 17 anos com cláusula recorde

A fuga de jovens jogadores brasileiros - especialmente à Europa - faz os times lucrarem, mas também provoca uma perda para o futebol nacional, com menos diversão para a torcida e com pior o rendimento das equipes brasileiras.
Pensando em manter as promessas ou garantir uma venda que compense as perdas esportivas, os clubes fazem contratos cada vez mais precoces e milionários.
O Grêmio é um exemplo disso. Sob a administração do presidente Romildo Bolzan, vem equilibrando as contas nos últimos três anos. É praticamente possível escapar da necessidade de vendas, mas com o a diversificação de receitas o tricolor gaúcho mostra que é possível garantir a manutenção de atletas de destaque vindos da base e buscar títulos. Everton Cebolinha e Luan são os dois maiores exemplos.
No Flamengo, parece que a gestão vem se organizando nos últimos anos. Muito ainda com venda de promessas muito jovens, que acabam não oferecendo seu talento aos gramados brasileiros por muito tempo. Vinicius Junior partiu cedo, assim como Lucas Paquetá, para falar nos mais recentes e midiáticos. Com altos rendimentos em vendas e receitas altissimas dos maiores públicos do campeonato - sempre com as tradicionais e privilegiadas cotas televisivas - o rubro-negro pensa no médio-longo prazo com uma multa milionária para Reinier e uma ainda maior para a nova jóia: Lázaro, de apenas 17 anos.
O menino fez uma ótima temporada, sendo o melhor jogador e artilheiro do Campeonato Brasileiro Sub-17, o que não garantiu sua convocação para o Mundial da categoria. O meia-atacante ainda não estreou com o time principal, mas já bate recorde.
Com 80 milhões de euros, o clube do Rio de Janeiro protege o atleta do assédio dos gigantes europeus com a maior cláusula rescisória da história das categorias de base flamenguistas.