Flamengo sem B Henrique e Rodrigo Caio coloca à prova reforços de 2020

Cada vez que o Flamengo anunciou uma contratação neste começo de temporada, muito se falou da força de seu elenco. Ao juntar nomes promissores com veteranos da conquista da Libertadores, o clube pretendia se consolidar ainda mais como a grande força do futebol brasileiro. Em apenas um mês de temporada, tais reforços já terão que provar seu valor.
No jogo de ida da Recopa Sul-Americana, o Rubro-Negro sofreu dois baques de água fria. Não, não foram o par de gols do Indepediente del Valle, rival do clube na disputa da competição. Dois dos pilares do time do Flamengo, Rodrigo Caio e Bruno Henrique, saíram machucados e devem desfalcar a equipe por um período significativo.
Ou seja: está na hora de nomes como Michael, Pedro Rocha, Léo Pereira e Gustavo Henrique provarem a força do elenco do Flamengo.
No fim de 2019, dizer que os torcedores estavam satisfeitos com sua dupla de zaga era chover no molhado: Rodrigo Caio e Pablo Marí formavam uma das defesas mais intransponíveis do futebol brasileiro. Hoje, em uma partida decisiva como será o jogo de volta da Recopa, o Flamengo corre o risco ter que escalar dois "novatos".
Mesmo que Thuler, principal reserva em 2019, e teoricamente mais experiente no sistema de Jorge Jesus, ganhe um lugar, o impacto da perda de Rodrigo Caio ainda será sentido.
Das quatro derrotas do Flamengo no Brasileirão de 2019, duas foram sem o zagueiro em campo. Seriam números comuns, mas não podemos esquecer que Rodrigo Caio participou de 29 partidas do clube no campeonato. Ou seja: em apenas nove jogos sem o defensor, o Rubro-Negro teve o mesmo número de tropeços que teve com ele na zaga.
Não é só isso: sem Rodrigo Caio, o Flamengo sofreu mais gols, em média, desarmou menos e teve um desempenho pior. Seja qual for seu substituto, será difícil estar à altura do craque. É aí que Gustavo Henrique e Léo Pereira precisam provar que valem o investimento. Ainda é cedo, obviamente, mas para um clube do patamar do Rubro-Negro, a pressão sempre existirá. Os melhores crescem com ela.
Mesma coisa com o substituto de Bruno Henrique no ataque. Em 2019, o atacante marcou 34 gols na temporada. Juntos, Michael, Pedro Rocha e Vitinho, os três jogadores que podem "herdar" sua vaga, balançaram as redes 26 vezes. Só isso já a demonstra a importância do artilheiro para o Flamengo.
No duelo diante do Independiente del Valle, quando o time equatoriano vivia seu melhor momento no jogo, foi Bruno Henrique que, recebeu uma bola, ganhou na velocidade, bateu o goleiro e empatou o placar. Nas horas difíceis (e nos clássicos), o atacante já mostrou um poder de decisão sobrenatural.
O retrospecto sem Bruno Henrique é até positivo, mas, diante de um adversário perigoso, é de se esperar que o Flamengo pretenda estar 100% (ou o mais próximo disso) para tentar conquistar mais um caneco. Alguns novatos terão alcançar o tal "outro patamar" para que isso aconteça. O resultado? Só o tempo dirá.