Nenê foi anunciado como reforço do Fluminense para o segundo semestre de 2019. Aos 37 anos, o meia assinou até o final de 2020 e a expectativa é de dar à equipe comandada por Fernando Diniz ainda mais qualidade no passe e poder de finalização.
O Tricolor das Laranjeiras será o 14º clube de Nenê, que defendeu equipes bem pesadas ao longo de seus 19 anos de carreira. Abaixo, confira alguns momentos marcantes e números do novo camisa 77 do Fluminense.
Palmeiras: oportunidade e rebaixamento
Apesar das passagens pelas bases de Bahia e Corinthians, após uma tímida passagem pelo paulista de Jundiaí Nenê chegou ao Palmeiras em 2002. Mas não foi uma passagem com boas memórias, afinal de contas ficou marcada pelo primeiro rebaixamento da história alviverde. Após 25 jogos e cinco gols, Nenê deixou o Verdão diretamente para o Santos, em 2003.
Santos: as primeiras boas lembranças
Nenê chegou a um Santos que havia conquistado o Brasileirão em 2002, título marcado pelas exibições de Diego e Robinho. Na campanha da Libertadores da América era um dos reservas mais utilizados na equipe comandada por Emerson Leão. Um dos momentos marcantes foi o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Independiente de Medellín, da Colômbia, no jogo de ida das semifinais. Aquele Santos seria vice-campeão continental, perdendo a decisão para o Boca Juniors. Aos 21 anos, deixou o Peixe ainda em 2002 após 11 gols marcados em 37 partidas.
Espanha, a porta de entrada para a Europa
O primeiro time europeu defendido por Nenê foi o Mallorca, que na época também contava com um jovem Samuel Eto’o, que buscava provar o seu valor após a falta de oportunidades no Real Madrid. Em entrevista concedida ao canal Desimpedidos, o paulista de Jundiaí brincou ao relembrar a parceria com o camaronês – que se tornaria um dos melhores atacante do mundo.
“Eu consagrei ele, deu muitas assistências nos tempos de Mallorca”, relembrou Nenê, que fez dois gols em 35 partidas. Nas duas temporadas seguintes [de 2003 a 2005], viveu acesso à primeira divisão e descenso do Alavés de volta à segundona. Foi na equipe basca onde mais colecionou jogos [78] e gols [22] no futebol espanhol. Nenê também passou por Celta de Vigo e teve duas passagens distintas pelo Espanyol.
Monaco e idolatria no PSG
Entre 2007 e 2008, chegou pela primeira vez ao futebol francês para defender o Monaco. Teve um rápido retorno por empréstimo ao Espanyol, mas retornou em 2009 para colocar seu nome como um dos destaques do time. O bom futebol acendeu o interesse de um PSG ainda longe do poderio financeiro visto nos dias atuais Nenê deixou o clube do Principado com 20 gols em 70 partidas.
No Parque dos Príncipes, virou ídolo. Foram três temporadas, 112 jogos, 48 gols e o título francês em 2011-12. Já na campanha seguinte, em meio às contratações milionárias [como Ibrahimovic] que passariam a ser rotina no PSG. O brasileiro, contudo, deixou sua assinatura como um dos jogadores mais queridos que já passarem pelo clube parisiense.
Sumiço até chegar ao Vasco
De 2012 a 2015, Nenê não apareceu tanto como antes. Passou duas temporadas no futebol do Qatar, onde defendeu o Al-Gharafa em duas passagem, com um hiato marcado por estadia relâmpago no tradicional West Ham, da Inglaterra. Pela equipe londrina foram apenas oito jogos sem gols, enquanto que pelos qatari foram 22 tentos em 50 participações.
Altos e baixos
Nenê chegou a São Januário em 2015 com status de grande contratação e mostrou isso, mas o seu futebol não foi o bastante para salvar o Vasco do rebaixamento naquele ano. O camisa 10, contudo, seguiu em São Januário e no ano seguinte conquistou o Campeonato Carioca além de ter sido figura influente no retorno cruz-maltino à elite. Até o início de 2018, foi a referência técnica maior de um combalido Vasco: fez 127 jogos, número recorde por um clube em sua carreira, e 42 gols – muitos deles através de cobranças de faltas ou pênaltis.
São Paulo
Valorizado pelo que havia mostrado em São Januário, Nenê tinha algumas boas propostas em sua mesa. E em meio ao cenário de salários atrasados e crise institucional do Vasco, deixou o clube brigado com a torcida para vestir a camisa do São Paulo. Vestindo a camisa 10 do Tricolor Paulista, fez 12 gols em 71 jogos, mas apesar de ter mostrado a qualidade de seu futebol foi tão inconstante quanto o clube paulista. A saída já era ventilada desde o início de 2019, quase sempre com o Fluminense aparecendo como maior interessado: agora enfim aconteceu o acordo, marcando o 14º capítulo na história do meia.