O jornal alemão 'Der Spiegel' revelou, por meio do projeto Football Leaks, detalhes que envolveram a transferência de Kylian Mbappé para o PSG.
O atacante teria recebido, em meados de 2017, uma oferta do Real Madrid na casa dos 180 milhões de euros (cerca de R$ 770 milhões de reais). Deste valor, 19 milhões de euros (em torno de R$ 145 milhões) seriam para o fisco espanhol, que costuma impor a taxação de 19% sobre transações que envolvam paraísos fiscais, o que é o caso de Mônaco.
Mbappé recusou a investida dos madrilenhos em favor do PSG, que ofereceu os mesmos 180 milhões ao time do principado, mas com a negociação fechada em forma de empréstimo de um ano com o pagamento a ser feito no fim do contrato. Isso permitiu que os parisienses realizassem a contratação sem burlar o Fair Play Financeiro da UEFA.
Sobre as exigências feitas pelo jogador, a grande maioria delas foi recusada e envolvia privilégios além dos já oferecidos aos outros atletas. O francês queria ter o maior salário do elenco caso ganhasse a Bola de Ouro, 50 horas de voo por ano em uma aeronave de uso exclusivo dele e receber os prêmios individuais antes que o restante do plantel. Todas as imposições citadas do camisa 7, foram negadas pelo clube. Por outro lado, ele obteve a regalia de receber 30 mil euros mensais (por volta de R$ 129 mil) para cobrir custos com três empregados e a residência.
Seu pai e agente, Wilfrid Mbappé, também teve alguns pedidos recusados. A indenização em caso de exclusão da agremiação de competições europeias e a liberdade de poder aceitar qualquer proposta nos três primeiros anos de contrato de Kylian não foram aceitos pela cúpula da equipe. Em compensação, o empresário obteve passe livre para acompanhar todos os treinos dos parisienses.