O Santos vive momentos turbulentos fora de campo, passou por um processo de impeachment do seu presidente e espera uma eleição em breve para o cargo máximo do clube, mas os resultados em campo deixam uma missão clara no elenco: é possível ser campeão tanto da Libertadores quanto do Brasileiro.
Mesmo reconhecendo que há adversários com maior investimento e capacidade de lidar com as dificuldades de uma temporada encurtada pela Covid-19, o elenco conversa diariamente sobre como tem sido capaz de nivelar o jogo frente aos principais rivais.
Marinho e Soteldo são vistos como os diferenciais, principalmente em se tratando de competições mata-mata, como a Libertadores da América. Os cinco jogos para a glória máxima, que podem virar três daqui duas semanas, viraram mantra interno no grupo comandado por Cuca.
O treinador também é elogiado pela motivação dada ao elenco e a capacidade de encontrar soluções. O fato de "blindar" os atletas das questões envolvendo a direção também é ressaltado nas conversas com a reportagem.
Um exemplo da capacidade do treinador foi a escalação de Bruno Marques na partida contra o Sport, na Vila Belmiro. Sem um centroavante com as características que tanto gosta, alto e bom no pivô, ele pinçou o atleta no sub-23 e o resultado foram mais três pontos na conta santista.
Mesmo com tropeços, o Peixe atualmente tem 37 pontos conquistados, cinco a menos do que o líder Atlético-MG. Dezembro, com uma grande divisão entre Libertadores e Brasileiro, é visto como o mês decisivo para saber se a distância seguirá curta e alcançável na reta final.
Além do provável confronto frente ao Grêmio, no torneio continental, o Santos encara Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG nas próximas cinco rodadas do Nacional, todos confrontos diretos. É hora de demonstrar essa força dentro de campo.