A Copa do Mundo da Rússia deixou algumas feridas na comissão técnica da Seleção Brasileira, o próprio Tite admitiu que demorou para digerir a eliminação para a Bélgica ainda que tenha deixado claro que o time europeu jogou bom futebol e merecia até chegar na final do Mundial. Por outro lado, também trouxe aprendizado. Aprendizado esse que deve ser colocado em prática nesta Copa América.
Num torneio de tiro curto, demorar para mexer na equipe pode ser fator determinante para um fracasso. Se no Mundial, Firmino ansiava pela vaga de Gabriel Jesus hoje acontece ao contrário. O atacante do Manchester City já mostrou que merece voltar a ser titular da equipe. Sempre que entra em campo, tem dando melhores opções que o do Liverpool no comando de ataque.
Outra mexida que precisa acontecer é Everton, o meia do Grêmio cresceu bastante nos últimos jogos e tem sido a única gota de ousadia numa Seleção bem burocrática. Na Fonte Nova, no empate com a Venezuela, foi quem conseguiu levantar a torcida de forma positiva tendo seu nome gritado antes de sua entrada.
Se quiser ir além, Tite pode pensar numa melhor formação para o meio-campo. Colocando seja Allan ou Lucas Paquetá com intuito de dar mais liberdade para Arthur chegar mais próximo do ataque, o que tem faltado no time nesta Copa América, uma chegada mais forte dos homens de trás.
Para a próxima partida, diante do Peru, no sábado, trazer uma Seleção diferente é o desafio do treinador que terá pela frente um time empolgado com a vitória sobre a Venezuela e jogadores que conhecem bem o futebol brasileiro. Além disso, se não começar o jogo bem, terá a insatisfação do torcedor como adversário.
Brasil e Peru se enfrentam neste sábado, às 16h, na Arena Itaquera, em São Paulo. O confronto é válido pela terceira rodada da fase de grupos da Copa América. As duas equipes somam o mesmos 4 pontos. Na mesma hora, a Venezuela encara a Bolívia sonhando com a classificação.