Hoje, muito se fala de uma possível hegemonia do Bayern de Munique no futebol alemão. Entretanto, nem sempre foi assim: quando os bávaros conquistaram o seu segundo título nacional, em 1968-69 - hoje, eles tem 30 -, o Nuremberg já tinha levantado nove vezes a taça.
Atualmente, porém, a realidade é outra: o clube não vem fazendo grandes campanhas na Bundesliga e durante a última década, passou mais tempo na segundona do que na elite.
Na verdade, o clube passou muito perto de cair para a terceira divisão nesta temporada: depois de ser rebaixado para a 2. Bundesliga em 2018-19, não foi bem e terminou na 16ª colocação da segundona - o que fez com que o Nuremberg precisasse jogar um "mata-mata" da morte.
No regulamento do campeonato alemão, o 16º colocado da segunda divisão enfrenta o 3º promovido da terceira. Quem vencer o confronto joga a 2. Bundesliga no ano seguinte.
Depois de vencer em casa por 2 a 0, o Nuremberg parecia próximo de bater o FC Ingolstadt e se manter na segunda prateleira do futebol da Alemanha. Mas a saga da permanência da equipe foi muito mais dramática do que isso.
Em 20 minutos do segundo duelo do jogo de volta, o Ingolstadt marcou três vezes e abriu um placar que o colocaria na 2. Bundesliga em 2020-21. Assim, o Nuremberg precisava marcar para conseguir a permanência com a vantagem do gol de fora. Mas o tento não chegou nos 90 minutos.
Aos 95 - já no quinto minuto dos acréscimos -, o atacante reserva Fabian Schleusener conseguiu esticar a perna e tirar do goleiro Knaller, marcando um gol histórico para o segundo maior campeão alemão.
Assim, o Nuremberg garantiu a permanência na 2. Bundesliga do ano que vem, para jogar junto de outros clubes históricos como o Hamburgo, o Hannover e o St. Pauli, e quem sabe um dia, retornar ao seu passado de glórias.