A goleada por 5 a 0 da seleção brasileira sobre o Peru neste sábado, na Arena Corinthians, não serviu “só” para garantir liderança e vaga na Copa América e para fazer as pazes com a torcida. Tite aproveitou o placar folgado para começar a resolver um problema: a ausência de Casemiro, suspenso, nas quartas de final. Além disso, ele ainda usou o segundo tempo para testar novas variações no ataque. A etapa final virou um laboratório de luxo.
A questão mais urgente é o desfalque do camisa 5, suspenso com dois amarelos depois de receber um cartão ainda no primeiro tempo. Fernandinho desponta como substituto natural, mas o meio-campista do Manchester City não ficou à disposição contra o Peru por conta de dores no joelho direito.
Assim, Tite mandou a campo Allan aos 24min, colocando-o justamente no lugar de Casemiro. Embora tenha características mais ofensivas, o jogador do Napoli foi posicionado justamente na vaga de Casemiro, logo à frente da defesa. Artur se manteve como segundo volante.
Allan teve pouco mais de 20 minutos para mostrar serviço. Buscou o jogo desde o campo de defesa, com toques rápidos, como Tite cobra do primeiro volante, e precisou se conter para não “atropelar” Arthur. Quando os dois ficaram lado a lado, Allan caiu mais pela direita, com Arthur se aproximando da faixa esquerda.
O laboratório de Tite também foi útil no ataque. Everton Cebolinha se consolidou como o dono da ponta esquerda e ficou lá quase o jogo todo. No outro lado, Gabriel Jesus atuou como atacante aberto até a entrada de Willian no lugar de Philippe Coutinho.
Quando isso aconteceu, Roberto Firmino recuou para a função de amador centralizado e Gabriel Jesus foi para o meio da área, como autêntico camisa 9. Willian ficou pela direita.
Tite já indicou que não vai abrir mão de Coutinho como amador centralizado, mas o ataque segue aberto. David Neres e Richarlison não saíram do banco neste sábado e devem continuar nessa condição nas quartas de final. Mas o laboratório de Tite segue a todo vapor.