Jogar de madrugada para os brasileiros não é um costume da seleção, salvo raras exceções de torneios oficiais – como o caso do Mundial de 2002, quando o Brasil esteve pela última vez no topo do mundo. Mas o torcedor apaixonado pela camisa canarinho geralmente fica de olho. Só que desta vez a visão não foi boa em praticamente nada, independentemente da derrota por 1 a 0 sofrida para o Peru.
A começar pelo estado do gramado. Além de ainda estar marcado com as listras de jardas e outros símbolos de futebol americano, que não contribuíram para o visual do evento, a qualidade do campo também não estava dos melhores para jogar com a bola no pé – algo que foi alvo de críticas por parte dos brasileiros após o duelo final.
O desempenho da equipe de Tite, assim como havia acontecido contra a Colômbia, também deixou a desejar: com quatro mudanças em relação à vitória por 2 a 0 sobre os Cafeteros – com destaque para Neymar no banco de reservas – o Brasil até conseguiu ter mais posse de bola, mas a superioridade ficava apenas nisso em meio a um confronto equilibrado, sendo que os peruanos estavam desfalcados de Paolo Guerrero, sua principal estrela – que pediu para não jogar por causa das finais da Copa do Brasil.
Neymar foi um dos que entraram no segundo tempo e até tentou alguns dribles, mas não conseguiu desequilibrar. Quem também saltou ao gramado foi Vinícius Junior, cuja estreia não poderia ter um clima pior: entrou com a responsabilidade de ajudar o time a marcar um gol, furou em uma finalização e, de longe, viu o zagueiro Luis Abram marcar, de cabeça, aproveitando saída ruim de Ederson após bola alçada à área.
Tanto na qualidade do campo, quanto no desempenho, horário do jogo e, obviamente no resultado, o amistoso da seleção brasileira foi uma decepção total.