Se a saída do francês do Atlético por si só já está dando o que falar, o caso também passará para a história pelo custo da operação financeira que está envolvida. Em uma época em que as cláusulas parecem ter se tornado inacessíveis, justamente com o objetivo de evitar perdas repentinas de atletas importantes, o Barcelona mostrará que não é impossível arcar com uma rescisão multimilionária.
120 milhões é uma quantidade que nenhum clube havia pagado até então na Espanha nesse tipo de negócio. Até o momento, o Barcelona era o clube que havia sofrido o maior 'clausulaço' já visto entre os clubes espanhóis. Ocorreu quando Florentino Pérez iniciou sua 'era galática' pagando 61 milhões para a liberação de Luis Figo.
O Barcelona não estava acostumado a pagar quantidades tão altas com cláusulas. A última foi de Lenglet, no verão passado, mas com uma cifra bem inferior: 35,9 milhões.
O clube catalão também agiu dessa maneira para liberar Rivaldo do Deportivo La Coruña em 1997, pagando a cláusula sem dar margem de reação aos galegos, na época rivais a duas posições de distância na tabela.
Foram 24 milhões de euros envolvidos para buscar o brasileiro que viria a ser eleito o melhor jogador do mundo dois anos depois. Uma manobra muitas vezes vista com maus olhos por nem sempre exigir uma negociação e um acordo mútuo. Na época, a operação causou ainda mais desconforto que a iminente transferência de Griezmann.
Na Espanha, ninguém havia pagado tanto por uma cláusula como a do francês. No entanto, dois anos atrás, os franceses do PSG fizeram essa manobra justamente com o Barcelona (ainda mais cara) para tirar Neymar por 222 milhões de euros.
De fato, foram os estrangeiros que abriram os cofres consideravelmente e tiraram atletas do futebol espanhol com esse tipo de operação. Destacam-se os casos de Javi Martínez, Ander Herrera o Kepa.