O Euro 2020 oferece a Gonçalo Guedes uma nova esperança depois de uma campanha um pouco complicada no Valência e de ter tido COVID-19 há umas semanas.
O jogador nascido em Benavente de 24 anos pôde por fim dizer que chegou a altura e qu está à disposição de Fernando Santos para ajudar a equipa a lutar pela revalidação do título.
Não teve um temporada feliz com a equipa de Mestalla. Como os seus companheiros, sofreu mais que a conta. Afastados dos objetivos principais, inclusivamente houve momentos em que tiveram que se preocupar com a zona vermelha da tabela.
Uma vez aliviado por selar a permanência, com o Euro no horizonte, o coronavirus apanhou-o nos finais do mês de maio, assim como aos seus colegas do Valência Thierry Correia, Maxi Gómez e Jasper Cillessen.
Chegou a estar em dúvida a sua particpação no torneio continental, mas há sete dias encontrou o negativo mais positivo e pôde intergrar o trabalho da equipa portuguesa.
Será o seu primeiro Euro depois de ter tido uma participação ativa no Mundial de 2018 na Rússia, no qual foi titular nos dois primeiros jogos contra a Espanha e Marrocos e nos oitavos de final frente ao Uruguai, e jogou uns minutos frente ao Irão.
Esta temporada jogou 34 partidas com o Valencia, nos quais marcou sete golos. Superado o coronavirus, assegurou este sábado em Budapest, onde a equipa de Fernando Santos limpa as armas para defrontar a Hungria na estreia no Puskas Arena, que se encontra em ''perfeita forma''.
''Não parei apesar de estar em casa dez dias. Treinava todos os dias com os planos que me mandavam. Sinto-me bem, tenho muita confiança em mim mesmo e espero ajudar a equipa na medida do possível'', assegurou na conferência de imprensa.
Guedes explicou que não teve sintomas nem o seu corpo se viu afetado e assegurou que nunca se tinha sentido tão feliz com um ''teste negativo''.
Formado nas escolas do Benfica, o seu futebol, vertiginoso, não tardou a dar-lhe êxitos no clube lisboeta e permitiu dar o salto, com 20 anos, para o PSG.
Pôde encontrar um destino adequado às suas pretensões no verão de 2017 no Mestalla, em princípio como cedido sem opção de compra, mas continuou a vestir a camisa do Valência, com a que teve muito sucesso e agora está um pouco na sombra.
Nessa altura já era internacional absoluto. Estreou-se a 14 de novembro de 2015 em Krasnodar com uma derrota frente à Rússia. Desde então participou em 23 jogos, nos quais anotou seis golos, incluindo o que deu o título da primeira Liga das Nações frente à Holanda (1-0).
Sabe que neste Euro será mais difícil fazer parte da equipa titular de Fernando Santos. O arsenal de campeões vê-se reforçado.
Guedes assegurou que está ''disposto a ajudar em qualquer momento, seja no minuto um, dois, 30 ou 90''. ''Temos que estar preparados para ajudar a equipa e isso é o que vou fazer até ao final do Euro'', disse.
''O treinador tem uma vida muito complicada ( para definir os titulares) e isso é muito bom. Depende de nós trabalhar todos os dias para estar na nossa melhor forma e dificultar ao máximo as decisões do técnico. Só temos que estar preparados para qualquer que seja a sua decisão''.
Ressalvou que, depois de ''uma temporada difícil no Valência'' está completamente ''concentrado na Seleção'' e só ''pensa no presente e no futuro'', apresenta-se um torneio para Portugal num grupo teoriamente mais complicado, que integram também a França e Alemanha.
''Não digo que seja o pior grupo, é um grupo difícil. Temos que aceitar e entrar em todos os jogos da mesma forma'', comentou Guedes, para ele a sua equipa deve ''entrar em todos os jogos para ganhar''.
O primeiro passo será contra a Hungria no Puskas Arenas, o único estádio do Euro que se disputará com a capacidade completa.
''Já analisámos os pontos fortes e fracos da Hungria, sabemos que é uma equipa dura, que luta todas as bolas até ao final, não se rende. Temos que ter a bola e fazer um grande jogo'', apontou.