Guimarães critica chefe da Conmebol por comparar clubes brasileiros à macaca Chita

"O presidente da Conmebol tem muitas outras preocupações antes de fazer esse tipo de piada", lamentou o jogador do Newcastle em entrevista coletiva em Brasília, na véspera do jogo contra a Colômbia pelas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2026.
Guimarães também criticou a postura da entidade máxima do futebol sul-americano no caso de racismo contra o jovem atacante do Palmeiras, Luighi Hanri. O jogador chorou diante das câmeras de televisão após ser alvo de insultos racistas da torcida do Cerro Porteño durante uma partida da Copa Libertadores sub-20.
"A punição ao Cerro Porteño, para mim, foi uma tremenda falta de respeito", declarou.
Guimarães evitou prolongar suas críticas à Conmebol por receio de uma sanção, mas pediu que a entidade "cumpra a lei de forma definitiva" nos casos de racismo.
A Conmebol puniu o Cerro Porteño com uma multa de 50 mil dólares. Diante disso, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugeriu que os clubes brasileiros poderiam se filiar à Concacaf, a confederação norte-americana, caso a Conmebol não consiga combater o racismo nos estádios.
Na segunda-feira, durante o sorteio da fase de grupos da Libertadores, Domínguez convocou as federações e os governos sul-americanos para uma reunião com o objetivo de enfrentar o racismo de forma conjunta. No entanto, suas declarações posteriores comparando os clubes brasileiros à macaca Chita acabaram ofuscando esses esforços.
"Isso seria como Tarzan sem Chita, impossível", disse o chefe da Conmebol ao ser questionado sobre uma Libertadores sem clubes brasileiros, que vêm dominando a competição nos últimos anos.
Diante da repercussão negativa, Domínguez se desculpou nesta terça-feira em um comunicado publicado em suas redes sociais, afirmando que usou uma "expressão popular" e garantindo que "não teve a intenção de menosprezar ou desqualificar ninguém".