Gonzalo Huiguaín encerrou sua trajetória na seleção da Argentina aos 31 anos. O jogador emitiu o comunicado em entrevista ao canal Fox Sports e aproveitou a ocasião para ironizar a imprensa.
Questionado sobre ter ficado de fora da convocação para os últimos amistosos da Albiceleste antes da Copa América, Higuaín foi claro e objetivo: “Agora só acompanho de fora. O meu ciclo na seleção chegou ao fim. Agora vocês (imprensa) não precisam mais se preocupar se estou ou não na convocação”.
O jogador ainda comentou sobre o treinador da seleção, Scaloni: “Quando Scaloni assumiu o cargo tive uma conversa franca e deixei claro o meu ponto de vista. Acredito que a decisão está tomada e não volto atrás”, concluiu.
Higuaín estreou com a Argentina em 3 de março de 2010 contra a Alemanha. Na ocasião, marcou o único gol do jogo e se consagrou como o “queridinho” dos torcedores e de Maradona, treinador do time na época.
Em 2010, na Copa do Mundo disputada na África do Sul, o atleta foi um dos destaques da equipe nacional ao marcar um hat-trick sobre a Coreia do Sul na goleada por 4 a 1. Já na Copa de 2014, jogada no Brasil, Higuaín chegou na final do Mundial junto a Argentina, porém durante a prorrogação perdeu o título do torneio para a Alemanha.
A final de 2014 marcou negativamente a carreira do jogador, não pelo vice-campeonato, mais sim devido ao gol perdido aos 20 minutos da etapa final que daria a possível vitória a Argentina, consequentemente, o tricampeonato do país.
Ainda assim, o tento desperdiçado contra a Alemanha, possivelmente o gol perdido de maior destaque na carreira, não foi o único. Ao longo do tempo no qual atuou com a seleção, o atacante ganhou fama de “pipoqueiro” por perder gols decisivos. Desta forma, a Goal relembrou alguns que poderiam ter interferido diretamente na estante de títulos da Argentina.
O gol perdido na finalíssima do mundial em 2014, deu início a série de desfechos desagradáveis para os Hermanos junto a Higuaín. Após um erro no recuo de bola da Alemanha, o atacante ficou cara a cara com Manuel Neuer, goleiro alemão, que se preparava para tentar uma grande defesa. Por sua vez, a finalização de Higuaín gerou pouco perigo ao arqueiro que apenas observou a saída da bola à linha de fundo.
Talvez, entre os gols perdidos, esse teria sido o de menor dificuldade para estufar as redes. Aos 47 minutos da etapa final, Lionel Messi deu início a jogada que poderia levar a Argentina ao topo do pódio. No entanto, o jogador do Barcelona não contaria que a finalização ficaria por conta de Higuaín que desperdiçou a chance de se consagrar campeão da Copa América 2015.
A final daquela edição seria disputada nos pênaltis, entre o anfitrião, o Chile e a Albiceleste. E, novamente, Higuaín não conseguiu balançar as redes ao isolar a penalidade, feito que contribuiu para a vitória chilena.
Novamente, a disputa contra o Chile se repetia. Desta vez, a finalíssima ocorreu em 2016, na edição da Copa América centenário. Com o mesmo 0 a 0 no placar da temporada anterior, o título foi decidido nos pênaltis, mas Higuaín não bateu nenhuma penalidade. Ainda assim, durante os 90 minutos de jogo, o atacante perdeu uma chance inacreditável aos 20 minutos do segundo tempo ao ficar frente à frente com Claudio Bravo, que não precisou tocar na bola, já que o atleta argentino chutou para fora.