Paolo Guerrero ficou fora de combate em 2018 por conta de uma suspensão imposta pela Fifa. O centroavante foi punido por doping na ocasião e participou somente de sete jogos pelo Flamengo, além de disputar a Copa do Mundo pela Seleção Peruana.
O período afastado fez com que ele deixasse o Ninho do Urubu para jogar no Internacional. O atleta foi punido por ingerir a substância benzoilecgonina durante as Eliminatórias para o Mundial da Rússia, em 2017.
Liberado para atuar somente em abril de 2019, o atacante já fez sete jogos pelo Colorado e marcou quatro gols. O atleta de 35 anos revela que ficou em depressão por conta da sanção.
"Eu não queria voltar a tudo isso que vivi porque foi um momento muito difícil, muito triste. Tive depressão mesmo. Não queria sair da minha casa, fiquei no Peru todo esse tempo. Todo mundo falava para eu viajar e distrair a cabeça. Mas fiquei o tempo todo no Peru. Não pensei em fazer uma viagem, me distrair. Eu queria resolver minha vida, voltar a jogar futebol. Deixei de assistir um pouco futebol porque não queria ver meus companheiros jogando bola sem mim", disse ao "Esporte Espetacular".
Paolo Guerrero diz que não buscou ajuda psicológica para evitar que os pais tivessem problemas.
"Não, o psicólogo tinha que ser eu mesmo. Eu pensei muitas vezes em procurar mas eu tinha que tirar essa vontade de mim. Porque sou um jogador com 35 anos, sou sobretudo um ser humano que tem que saber lidar comigo mesmo. E foi a força de vontade que eu tive. Pensar que nada pode me afetar, que eu tinha que lutar contra pela minha inocência. Fui inocente e não podia cair, porque veria meus pais tristes. E isso era o que eu não queria fazer, porque a primeira coisa que vinha na cabeça era que se eu fico com depressão, fico pedindo ajuda, fico mal, meus pais vão estar pior do que eu", comentou.