O técnico Jair Ventura enalteceu o trabalho da equipe como um todo na classificação para a grande final da Copa do Brasil com a vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, nesta quarta-feira (27), em Itaquera. Agora, o Timão enfrentará na decisão o Cruzeiro.
“Nunca falo um ponto principal. É uma série de fatores, um esporte coletivo, ninguém alcança objetivo sozinhos. Começou ontem com a festa da torcida, 40 mil pessoas numa quarta-feira, serve de combustível. Deixamos o máximo dentro de campo. Fagner acabou saindo, Vital não aguentou, Douglas estava sentindo...Mostra que a gente passou do limite, o que é sempre válido quando alcança o objetivo. Muita entrega, muita raça e determinação num jogo tático, conseguimos a classificação. Não vencemos nada, pés no chão, para conseguirmos o objetivo”, afirmou.
Ao comentar a entrada e o gol da classificação de Pedrinho, Jair Ventura lembrou de quando lançou Rodrygo, no Santos, e exaltou o jovem jogador do Timão.
“Modestia à parte, cabe ao treinador saber lançar, o momento de sim e não. Eu sofria críticas por não lançar o Rodrygo, ele foi ficando forte, e a qualidade técnica... Ele foi vendido em 22 jogos por 45 milhões de euros. Essa é a parte gratificante, lançar jovens, isso não tem preço. Pedrinho fez o gol e veio me abraçar. Boto na cabeça deles que tem a vaidade de ser titular, mas quem entra na partida é tão importante como os que iniciaram”, ressaltou o treinador, que também fez questão de elogiar Danilo Avelar.
“Por vezes a gente entende a torcida, se não vive bom momento é criticado, mas não posso chegar e tirar todo mundo. A janela está fechada, tem que recuperar os jogadores, Avelar fez o segundo gol comigo. E Pedrinho sabe que pode ser decisivo iniciando, entrando também. É trabalho de treinador, recuperar e saber lançar, tem hora de ser titular e de entrar e ser decisivo”, completou.
Por fim, Jair Ventura comentou o que espera do duelo com Mano Menezes na grande decisão, que está marcada para os dias 10 e 17 de outubro. Os mandos de campo ainda serão definidos em sorteio.
“Especial enfrentar o Mano, um cara com uma história linda no Corinthians, que passou por seleção, China, um treinador consagrado. Estamos começando nossa carreira, falei que quem vencesse seria importante, eu ou Barbieri, que bom que chegou minha vez. Feliz, virar a chave para o Brasileiro e depois pensamos na final”, finalizou.