E seguem os problemas de Cristiano Ronaldo com o fisco espanhol. Nesta quinta-feira (11), o jornal El Confidencial teve acesso ao documento de denúncia de fraudes na declaração de impostos contra o luso, referentes aos seus direitos de imagem.
De acordo com os papéis, o craque do Real Madrid declarou apenas 4% do equivalente a R$ 536 milhões que recebeu de patrocínios entre 2011 e 2014. Cristiano usou como base a Lei Beckham, que permite que os atletas estrangeiros tributem os seus ganhos em direitos de imagem em outros países.
Dos R$ 536 milhões, a pequena fatia de R$ 22 milhões foi declarada ao fisco espanhol. Segundo o El Confidencial, a grande diferença, fruto dos 24.75% exigidos por lei para todo trabalhador do país será usado no processo contra o camisa 7. Em sua defesa, os advogados de CR7 afirmam que 92% dos patrocínios do astro [R$ 85 mi] são gerados no exterior. Isso justificaria os R$ 22 mi dos R$ 536 mi.
O documento também mostra que CR7 usou uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, para destinar a maior parte dos seus direitos de imagem. Esta empresa cedeu o direito de exploração dos direitos à uma outra companhia, que pertence ao empresário português Jorge Mendes [que agencia a carreira do jogador] e tem sede na Irlanda, país de baixa tributação.
Vale lembrar que não é apenas Cristiano Ronaldo que convive com problemas em relação ao fisco espanhol. Recentemente, Lionel Messi foi condenado a 21 meses de prisão pelos mesmos motivos.