Uma grave lesão de joelho obrigou Kily González a pendurar as chuteiras em 2011, levando o argentino a uma profunda depressão que demorou para ser superada.
"Quando me aposentei, e da maneira que me aposentei, foram anos difíceis, negros. Anos em que eu não podia assimilar nem aceitar o final que tive como jogador de futebol, em minha casa, em meu clube", contou Kily em entrevista a 'La Nación'.
"Foram quatro anos, tinha a barba de alguém que naufragou, em muitos dias não queria nem sair do quarto. Ia dormir às quatro da madrugada e acordava ao meio-dia, um desastre", acrescentou.
"Parei de jogar e imediatamnte comecei a me abandonar, a me castigar de alguma maneira. Agora estou bem porque me sinto ocupado como técnico do time B do Rosário Central. Esse era o grande problema dos ex-jogadores. Eu me negava a procurar algum psicólogo, só com o tempo aceitei e isso me ajudou bastante. Tinha perdido a minha auto-estima", reconheceu.
O argentino admitiu que decidiu mudar por sua família: "Chegou um momento que eu estava cansado do mundo e me agarrava com os que estavam ao meu lado. Cheguei a odiar o futebol, estive entre dois e três anos sem ir ao estádio do Rosário Central".
"Depois de quase três anos, comecei a praticar boxe. Ao menos nesse momento eu conseguia liberar a minha raiva", concluiu.