Foi emocionante e com gols apenas nos minutos finais: a Lazio bateu, nesta quarta-feira (15), a Atalanta por 2 a 0 e pela sétima vez em sua história conquistou o troféu da Coppa Itália. A conquista fez os romanos igualarem a Inter de Milão como terceiro clube que mais vezes levantou a taça. Milinkovic-Savic abriu o placar aos 82’ minutos, aproveitando passe do brasileiro Lucas Leiva, e Joaquín Correa garantiu a conquista com um belíssimo tento anotado já nos últimos minutos.
O encontro, transmitido pelo DAZN, foi muito equilibrado desde o pontapé inicial. Pelo lado da Atalanta, que ainda sob o comando de Gian Piero Gasperini segue demonstrando sua força em meio aos gigantes italianos, a grande ausência foi a do brasileiro Rafael Tolói, que se recupera de uma tendinite e desfalcou a zaga. Por outro lado, um dos maiores destaques foi Lucas Leiva, ex-Grêmio e Liverpool, que teve participação ativa na transição e construção de jogadas.
Jogando dentro de sua casa, uma vez que todas as finais da Coppa Itália são disputadas no Estádio Olímpico de Roma, Lucas Leiva foi o fio condutor atuando como meio-campista centralizado no 3-5-2 montado pelo técnico Simone Inzaghi – ídolo laziale histórico desde os seus tempos de jogador. Não apenas por ter sido quem mais vezes tocou na bola (72 vezes, segundo a Opta Sports) ou distribuiu passes (54, com 85.2% de sucesso). Mas porque a qualidade na hora de bater na esfera esteve presente na cobrança do escanteio que terminou com a cabeçada de Milinkovic-Savic para o fundo das redes do goleiro Pierluiggi Gollini.
Joaquín Correa deu maior tranquilidade quando anotou o segundo e os romanos até estiveram próximos de ampliar, aproveitando-se do desespero adversário em busca de uma rápida reação. No final das contas, pesaram os detalhes, os gols... e a influência de um brasileiro que não sentia o gosto de comemorar um campeonato desde quando o Liverpool levantou a Copa da Liga Inglesa em 2011-12 (a última taça foi em 2017, mas em uma Suppercopa Italiana).
Se nunca foi conhecido pela capacidade goleadora, até mesmo pelo fato de jogar mais recuado no meio-campo, Lucas Leiva ajudou sua equipe a fazer história justamente ao potencializar o que sempre teve de melhor contra um time que é sensação pelo mesmo fundamento: o passe.