A lista com os três finalistas da UEFA para o prêmio de melhor jogador da Europa causou polêmicas diferentes por razões distintas. Dentre as principais, as ausências de Lionel Messi e Antoine Griezmann, explicadas por razões semelhantes: o foco absoluto no desempenho demonstrado dentro da Champions League.
Cristiano Ronaldo, Luka Modric e Mohamed Salah são os candidatos que estão no páreo para receber, em cerimônia a ser realizada no próximo dia 30 de agosto, a premiação. Todos foram finalistas do maior torneio de clubes da UEFA. CR7 (agora na Juventus) foi o artilheiro com 15 gols anotados pelo Real Madrid, seguido pelos 10 que Salah fez com a camisa do Liverpool.
O egípcio poderia ter ajudado ainda mais os ‘Reds’ na decisão perdida por 3 a 1 para o Real Madrid, mas a lesão sofrida após disputa com Sergio Ramos não lhe ajudou. De qualquer forma, seria uma grande injustiça não vê-lo entre os três postulantes à premiação ao lado de um CR7 que até as quartas de final foi absolutamente espetacular – com seis tentos anotados entre as quartas e oitavas.
Messi segue brilhante, mas conquistou ‘apenas’ a liga espanhola e Copa do Rei pelo Barcelona – que pelo terceiro ano consecutivo parou nas quartas de final da Champions. Griezmann levantou três taças importantes em 96 dias. Mas não foi protagonista na Supercopa da Europa conquistada sobre o Real Madrid e a Copa do Mundo, na qual foi vital para o título da França, é mais levada em consideração nas premiações The Best (da FIFA) e Bola de Ouro (da revista France Football).
Sucesso doméstico não tem sido o bastante para Messi Títulos de Europa League e Mundial não levaram Griezmann para a disputa final
Griezmann foi o craque da conquista da Europa League, vencida pelo Atlético de Madrid sobre o Olympique de Marseille. Dentre os 10 postulantes listados pela UEFA, foi o único a ter feito gol em final europeia (e foram dois!) na temporada 2017-18. Mas para a entidade que regula o futebol no Velho Continente, para ser eleito o melhor, a obrigação fica restrita ao desempenho na Champions League.
É por isso que, ainda que não seja finalista nesta premiação da UEFA, Griezmann segue em alta para as congratulações de caráter mundial. Já Lionel Messi, que mais uma vez fracassou com a Argentina, se vê obrigado a levar o Barcelona novamente a voos mais altos no cenário europeu.