O início dos irmãos Hernández não foram fáceis. A sua mãe relatou como foram aqueles anos, em que ele sozinha teve que cuidar dos dois.
Laurence Py ficou solteira e com duas crianças a seu cargo, em Madrid. O Rayo Majadahonda foi onde começaram a dar os seus primeiros pontapés na bola, e deu frutos. O Atlético tocou à sua porta.
Mas a ideia não era levar os dois, em pack. O Atlético só queria Theo. ''Foi uma angústia. Quando se mudaram para a escolinha do Atlético de Madrid, o chefe de treinos, Julián Muñoz, disse-nos em junho se ficavam com eles ou não. Foi um stress!'', relatou a mãe de ambos.
"Lucas y Theo arranjaram-se para ir aos escritórios. As conversas foram no Vicente Calderón. E quando sairam, estavam bem, olharam para o relvado do estádio e disseram-me: 'Um dia, mamã, jogaremos ali! Os dois!'', acrescentou.
Era Theo que interessava. ''Lucas tem razão a sua chegada ao Atlético é quase uma coincidência. O clube teria convidade Theo a fazer provas, não a ele. Mas não tinha ninguém para cuidar do Lucas'', explicou.
''Foi conosco e estava a jogar no campo ao lado de onde o Theo estava a fazer as provas. Veio um educador e perguntou-me se também era meu filho e convidou-o a jogar também. Ficaram com ambos!'', prosseguiu.
''Só pedi que estivessem no mesmo escalão ao princípio. Estão separados por 15 meses. Para minha organização pessoal, foi o melhor. O Lucas impôs-se rapidamente. Foi capitão em todas as suas equipas. Queria mais. Era um lutador, um líder. Theo era mais tímido, mais sensível'', revelou.
Irónico, portanto, o que chegou por acaso acabasse por ser o líder, o que acabasse triunfando no clube, e Theo, o que à priori era o escolhido, agora seja reordado como o que preferiu os milhões do Real Madrid.