A Seleção Brasileira saiu da Copa do Mundo com alguns pontos positivos, mas ao deixar o Mundial, levou consigo alguns problemas que precisam ser solucionados pensando no próximo ciclo, um deles é a lateral-direita.
A lesão de Daniel Alves às vésperas da Copa do Mundo foi um duro golpe para Tite que levou Danilo e Fagner para a vaga. Ambos participaram do processo das Eliminatórias desde a chegada do treinador e era natural que fossem convocados.
Titular no primeiro jogo, Danilo esteve muito acanhado, se preservou e decidiu não investir nas subidas ao ataque, imediatamente se viu um grande problema, o fluxo grande pelo lado esquerdo que tinha ninguém menos que Marcelo, Neymar e Philippe Coutinho e na direita, um Willian praticamente isolado.
Além da ausência do lateral para jogar ao lado de Willian, Paulinho também se apresentou muito pouco, o que prejudicou bastante as atuações do jogador do Chelsea no início. No segundo jogo, lesionado, Danilo deu lugar a Fagner que entrou bem, dentro do possível.
O lateral-direito esteve firme na defesa e apareceu um pouco mais no ataque, ainda insuficiente para fazer a dobrinha com o Willian, que recebia pouco a bola já que o jogo brasileiro ficou mais concentrado no lado direito.
Contra a Sérvia, no entanto, com a saída de Marcelo e a entrada de Filipe Luis o jogo brasileiro ficou mais equilibrado e Fagner teve a melhor atuação no Mundial. Contra o México sofreu um pouco com a velocidade dos mexicanos e diante da Bélgica não conseguiu parar sequer uma vez Eden Hazard.
Esta Copa do Mundo mostrou que tanto Fagner quanto Danilo precisam amadurecer mais, nenhum dos dois conseguiu dar a segurança que Filipe Luís, suplente de Marcelo, deu, por exemplo. Do lado esquerdo, a Seleção esteve bem servida e estará nos próximos anos, mas pela direita preocupa.
Danilo, aos 26 anos, tem estrada pela frente, mas joga pouco pelo City, por vezes é improvisado como volante, ala ou meia, o que acaba prejudicando a sua evolução como lateral-direito. Fagner apesar de ter ido bem em alguns momentos não é alguem visto para o próximo ciclo, por conta também da idade, 29 anos.
Com isso, a Seleção se vê na necessidade de buscar um nome pelo lado direito que possa se firmar e assumir a vaga, Daniel Alves, por exemplo, não disputará a próxima Copa do Mundo pois já tem 35 anos. No cenário Mundial é difícil apontar um lateral direito promissor para a Seleção como na esquerda, Alex Sandro, Jorge, Alex Telles, Guilherme Arana entre outros.
Zeca e William, jogadores campeões olimpícos pela Seleção em 2016, apareceram como grandes promessas mas ainda não se firmaram, o primeiro atua nos dois lados.